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Perfil dos acidentes ofídicos no norte do Estado de Minas Gerais, Brasil

Juliano Santos LimaI; Hercílio Martelli JúniorII; Daniella Reis Barbosa MartelliII, III; Marília Sarmento da SilvaIII; Sílvio Fernando Guimarães de CarvalhoII, III; João dos Reis CanelaII, III; Paulo Rogério Ferreti BonanII

ICentro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros, MG IIPrograma de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros, MG IIIHospital Universitário Clemente de Faria, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros, MG

DOI: 10.1590/S0037-86822009000500015


RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos da macrorregião de saúde do Norte do Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram analisadas informações sobre os acidentes ofídicos relativos ao período compreendido entre janeiro de 2002 a dezembro de 2006, por meio de bancos de dados. Os resultados demonstraram 10.553 casos notificados, com ênfase para a maior casuística em meses de tempo quente e chuvoso, em áreas urbanas (54,1%), faixa etária menor de 20 anos (39,7%), acometendo mais homens e estudantes (53,1% e 29,1%) respectivamente. Os membros inferiores (pé, dedo do pé, perna e coxa) foram os locais mais afetados (35,9%), as serpentes prevalentes foram do gênero Bothrops (82,9%) e a gravidade da maioria dos acidentes foi leve (66,2%). Observou-se nesse estudo um importante impacto da sazonalidade, urbanização, subnotificação das espécies envolvidas nesses acidentes e busca rápida pelo pronto atendimento. Espera-se que os dados inéditos da casuística obtida possam servir de substrato para o planejamento e execução de medidas voltadas para vigilância em saúde e atendimento.

Palavras-chaves: Serpentes. Epidemiologia. Saúde Pública. Animais peçonhentos.


ABSTRACT

The aim of this study was to describe the epidemiological profile of snakebite accidents in the healthcare macroregion of the north of the State of Minas Gerais, Brazil. Database information on snakebite accidents covering the period from January 2002 to December 2006 was analyzed. It was found that 10,553 cases were notified, and that the samples were noticeably larger in the months of hot and rainy weather, in urban areas (54.1%), at ages less then 20 years (39.7%) and among men and students (53.1% and 29.1%) respectively. The lower limbs (feet, toes, legs and thighs) were the locations most affected (35.9%). The most prevalent snakes were in the genus Bothrops (82.9%) and most of the accidents were mild (66.2%). In this study, it was seen that the seasonality, urbanization and undernotification of the species involved in these accidents had a notable impact, along with seeking walk-in care. It is expected that the new data obtained from this sample may serve as the substrate for planning and implementing measures for healthcare surveillance.

Key-words: Snakes. Epidemiology. Public Health. Poisonous Animals.


 

 

A maioria dos acidentes ofídicos ocorre em nações subdesenvolvidas, sendo considerado um problema de saúde pública, acometendo áreas rurais remotas, com dados epidemiológicos escassos e subestimados1 2 5 11 14 19. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que ocorrem, em média 20.000 acidentes ofídicos por ano, com letalidade próxima a 0,4%5 12.

Os casos de acidentes ofídicos ocorridos no Brasil são provocados principalmente por serpentes dos gêneros Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus1 4 6 8 10 13 17 18 19 22. Essas serpentes vitimam principalmente trabalhadores da zona rural3 4 10 17. Em geral, os acidentes ofídicos ocorrem nas proximidades das habitações e/ou áreas de cultivo8 18.

Há escassez de informações sobre os acidentes ofídicos no Norte do Estado de Minas Gerais, Brasil, apesar de a macrorregião de Saúde do Norte de Minas ser considerada uma área endêmica, cuja vegetação é o cerrado. Assim, esse estudo objetivou conhecer descritivamente os indicadores epidemiológicos referentes aos acidentes ofídicos dessa macrorregião e divulgar informações sobre o ofidismo, visando ações preventivas e planejamento estratégico para lidar com os acidentes causados por serpentes.

 

MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo usou a abordagem quantitativa e retrospectiva. Foram analisadas informações sobre os acidentes ofídicos ocorridos na macrorregião de saúde do Norte de Minas Gerais relativas ao período compreendido entre janeiro de 2002 a dezembro de 2006. Foi feita a coleta de dados nas Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Montes Claros, de Januária e de Pirapora, abrangendo, assim, os 86 (oitenta e seis) municípios dessa macrorregião através dos bancos de dados SINAN WINDOWS e SINAN NET. Foram utilizadas nessa investigação científica somente informações sobre os acidentes causados por serpentes, cujos pacientes foram atendidos e notificados nas regionais que fazem parte da macrorregião de Saúde do Norte de Minas. Fundamentando-se nessas informações, foi construído um banco de dados no software SPSS 15.0 (Chicago, Illinois, EUA). Os resultados foram tabelados e expressos por meio de análise estatística descritiva. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) sob o parecer nº 076/2007, da Câmara de Pesquisa dessa Universidade.

 

RESULTADOS

Foram notificados 10.553 casos no período de 2002 a 2006. Na Tabela 1, notou-se um aumento da prevalência de 1.715 casos ocorridos em 2002 para 2.137 casos ocorridos em 2006, sendo 2005 o ano com mais notificações, 2.675 casos. Nos meses de calor e de maior precipitação pluviométrica, referentes ao verão e ao final da primavera, ocorreram os maiores números de casos, 1º trimestre (28,2%) e 4º trimestre (27,6%). A maioria (61,1%) residia em área considerada urbana e foi acometida pelo acidente também nessa área (54,1%). Na Tabela 2, verificou-se que a maioria dos indivíduos afetados pertencia à faixa etária compreendida entre 20 e 34 anos (24,5%), sendo que os estratos etários menores perfizeram 39,7% do total, sendo que 53,1% dos pacientes eram do sexo masculino. No que diz respeito às profissões dos indivíduos afetados, esse item não foi preenchido na Ficha de Investigação de Acidentes por Animais Peçonhentos em 56,5% da amostra estudada. Todavia, entre os 4.584 registros para o item profissão, o maior (29,1%) percentual correspondeu a estudantes.

 

 

 

 

Os membros inferiores (pé, dedo do pé, perna e coxa) foram os locais mais afetados (35,9 %). Por região anatômica específica, os locais mais afetados por esses acidentes foram: o dedo da mão (25,3%), seguido pelo pé (15,8%). Quanto ao tipo de serpente, 9.715 (92%) notificações não incluíram o tipo de serpente. Quando foi possível identificá-los, 695 (82,9%) acidentes foram causados por serpentes do gênero Bothrops e 107 Crotalus (12,7%). Ao todo foram registrados 22 casos envolvendo serpentes não peçonhentas identificadas (2,6%). A maioria foi leve (66,2%), concordando com os dados que demonstram que o acidentado procurou o atendimento logo após o acidente, de 0 a 1 hora (38%) e de 1 a 3 horas (28,5%). Em 5.202 casos de atendimentos, não foi utilizada nenhuma ampola de soro. Entretanto, quando o soro foi utilizado, a administração mais frequente foi o antibotrópico (42,3%). A grande maioria (82%) apresentou como desfecho a cura completa (Tabela 3).

 

 

DISCUSSÃO

O presente estudo, realizado no Hospital Universitário Clemente de Faria, da Unimontes, centro de referência e contra-referência para esse tipo de acidente, analisou 10.553 casos de acidentes ofídicos registrados na macrorregião de saúde Norte de Minas, compreendendo o período de 2002 a 200616. O número de casos notificados chega a quase 50% do total de casos registrados ao ano no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. No país, são registrados de 19.000 a 22.000 acidentes ofídicos com aproximadamente 115 óbitos ao ano, embora sejam raros os estudos com abrangência nacional1 2 3 4 6 7 8 9 10 15 17 18 19. Caracteristicamente, a macrorregião estudada agrega fatores de risco e exposição para acidentes ofídicos em virtude de sua cobertura vegetal preservada, clima semi-árido, fenômeno de periferização de cidades e baixo Índice de Desenvolvimento Humano, repercutindo em deficiência em práticas sanitárias e desconhecimento populacional de práticas de cuidado e prevenção8 18.

Houve um aumento da prevalência de 1.715 casos ocorridos em 2002, para 2.137 casos ocorridos em 2006, sendo que o ano de 2005 apresentou o maior número de casos notificados. O crescimento de notificações pode ser explicado pelo aumento do desmatamento e pelo desenvolvimento das áreas de plantio (cana-de-açúcar, fruticultura, algodão) na macrorregião do norte do Estado de Minas Gerais. As alterações ambientais, devido à urbanização, podem induzir o surgimento de serpentes nas cidades8 18. Além disso, a melhoria no sistema de notificação e o acesso dos usuários aos postos de atendimento poderiam estar relacionados com o aumento das notificações no SINAN11.

Nos meses de calor e de maior precipitação pluviométrica, referentes ao verão e ao final da primavera, ocorreram os maiores números de casos, 1º trimestre (28,2%) e 4º trimestre (27,6%). A maior parte dos acidentes com serpentes parece acontecer no período chuvoso, como demonstrou outro estudo envolvendo áreas subequatoriais10 17. O aumento da atividade agropecuária, que coincide com os períodos destacados de mais acidentes ofídicos também é um fator importante a ser considerado10 19 21. A maioria residia na zona urbana e também foram acometidos por acidente nessas áreas, provavelmente caracterizando a migração de habitat desses animais peçonhentos para áreas periféricas dessas cidades ou subnotificação de casos em áreas rurais8 11. Ao mesmo tempo, cabe salientar que na Macrorregião estudada a cobertura de vegetação é caracteristicamente preservada incluindo o entorno periférico de cidades.

A maioria dos indivíduos afetados pertencia à faixa etária compreendida entre 20 a 34 anos (24,5%), sendo que os estratos etários menores perfizeram 39,7% do total, concordando com a maioria dos estudos prévios10 17 19. Essa faixa etária acometida pode indicar uma maior participação do trabalho do menor no campo, o que sugere uma mudança da realidade nesse cenário de trabalho3 10 15 . Quanto ao gênero, percebe-se houve um predomínio do sexo masculino, fato corroborado por outros estudos e relacionado diretamente a atividade laboral6 15 18 19. No que concerne às profissões dos indivíduos afetados, esse item não foi preenchido na Ficha de Investigação de Acidentes por Animais Peçonhentos em 56,5% da amostra estudada. Todavia, entre os 4.584 registros para o item profissão, o maior (29,1%) percentual correspondeu a estudantes. Os membros inferiores (pé, dedo do pé, perna e coxa) foram os locais mais (35,9 %) afetados. Os sítios anatômicos específicos mais afetados pelos acidentes foram: o dedo da mão (25,3%), seguido pelo pé (15,8%). São dados que coincidem com os achados na literatura vigente4 10 17 18 19. Quanto ao tipo de serpente, 9.715 (92%) notificações não incluíram o tipo de serpente que causou o acidente. Esse dado pode ser justificado pelo desconhecimento da população, dos médicos, dos enfermeiros, dos auxiliares de enfermagem e dos agentes comunitários de saúde sobre as características que são importantes na identificação dos tipos de serpentes22.

No presente estudo, quando foi possível identificar o tipo de acidente, observou-se que 695 acidentes foram causados por serpentes do gênero Bothrops e 107, Crotalus. O predomínio de serpentes do gênero Bothrops confirma dados citados pela literatura6 10 13 17 18 19. Devido à capacidade de se adaptar a diferentes tipos de ambientes, as serpentes do gênero Bothrops podem ser encontradas nos mais diversos ecossistemas. Essa serpente habita preferencialmente ambientes úmidos, como matas e áreas cultivadas, locais de proliferação de roedores, zonas rurais e periferias de cidades. Além disso, possui hábitos predominantemente noturnos e crepuscular8. Tanto as serpentes do gênero Bothrops quanto as do Crotalus são amplamente encontradas em áreas de cerrado8.

Sobre a classificação da gravidade do caso, a maioria (66,2%) foi leve, concordando com os dados que demonstram a procura do atendimento logo após o acidente, de 0 a 1 hora (38%) e de 1 a 3 horas (28,5%)19. A gravidade do envenenamento (leve, moderado ou grave) foi classificada conforme recomendação do Ministério da Saúde: leve, moderado ou grave, nos acidentes botrópicos e crotálicos; moderado ou grave, nos acidentes laquéticos e grave, no acidente elapídico12. O tempo entre a picada e o atendimento médico têm grande importância para o prognóstico do acidentado4 17. Quanto menor o tempo, entre a picada e o atendimento, menores são as chances de ocorrer complicações, como necrose, síndrome compartimental e insuficiência renal aguda6 20. Em 5.202 casos de atendimentos, não foi utilizada nenhuma ampola de soro. Isso pode estar relacionado aos casos em que a serpente foi identificada como não peçonhenta, a falta do soro ou até mesmo com imperícia médica4 22. Corroborando com a literatura, o antiveneno mais administrado nesse estudo foi o antibrotrópico4 12. Referente à evolução dos casos, a maioria (81,6%) apresentou como desfecho a cura completa. Um fator importante, que possivelmente explica a baixa letalidade por acidente ofídico, é a melhoria do acesso ao tratamento como mostra um estudo que destacou a precocidade no atendimento, presença do soro, educação em saúde, construção e recuperação de estradas vicinais10. Existem no mundo aproximadamente 3.000 espécies de serpentes, das quais de 10% a 14% são consideradas peçonhentas7. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que ocorram no mundo, aproximadamente, 2.500.000 acidentes por serpentes peçonhentas anualmente, com 125.000 mortes9. No presente estudo, observou-se letalidade em 26 casos, perfazendo menos que 0,1% de todos dados analisados para essa variável. Conclui-se, nesse estudo, que houve forte impacto da sazonalidade, da urbanização, do predomínio de acidentes causados pelo gênero Bothrops, afetando membros, subnotificação de espécies envolvidas nos acidentes e busca rápida pelo pronto atendimento, o que resultou numa baixa taxa de mortalidade.

 

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 Endereço para correspondência:
Dr. Paulo Rogério Ferreti Bonan
Hospital Universitário Clemente de Faria
Av. Cula Mangabeira 562, Santo Expedito
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Tel: 55 38 3224-8382; Fax: 55 38 3229-8000
e-mail: pbonan@yahoo.com

Recebido para publicação em 08/05/2009
Aceito em 21/08/2009
Apoio Financeiro: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais-FAPEMIG.