Home » Volumes » Volume 41 September/Octuber 2008 » Primeiro isolamento ambiental de Cryptococcus gattii no Estado do Espírito Santo

Primeiro isolamento ambiental de Cryptococcus gattii no Estado do Espírito Santo

Ludmila de Matos Baltazar; Mariceli Araújo Ribeiro

Núcleo de Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

DOI: 10.1590/S0037-86822008000500003


RESUMO

A presença de Cryptococcus gattii foi investigada em diferentes regiões do Estado do Espírito Santo. A maioria (73) das amostras foi coletada de árvores localizadas em lugares públicos de Vitória; 47 amostras foram coletadas de áreas preservadas ou ainda com pouco impacto humano, situados nos arredores desta cidade, a altitudes entre 0 e 900m acima do nível do mar e 48 de árvores nativas das regiões norte e sul do estado. As amostras foram coletadas de ocos e troncos de árvores com auxílio de swab e resultaram em 2 (1,2%) isolados de Cryptococcus neoformans, 2 (1,2%) de Cryptococcus gattii e 1 (0,6%) de Cryptococcus laurentii. A espécie Cryptococcus gattiifoi encontrada somente em árvores nativas da região norte, áreas que ainda apresentam resquícios de Floresta Atlântica, enquanto todas as amostras obtidas de vinte e duas espécies de árvores localizadas em área urbana não permitiram a detecção de Cryptococcus gattii. Esses resultados mostram uma possível relação entre ocorrência de Floresta Atlântica e Cryptococcus gattii e confirma que o meio ambiente é fonte de infecção desse fungo.

Palavras-chaves: Cryptococcus gattii. Meio ambiente. Árvores. Espírito Santo.


ABSTRACT

The presence of Cryptococcus gattii was investigated in different regions of the State of Espírito Santo. The largest number (73) of samples was collected from trees located in public places in Vitória; 47 came from preserved areas or areas with only minor human impact, surrounding this city, at altitudes from 0 to 900m above sea level; 48 came from trees native of the northern and southern regions of the state. The samples were collected from tree hollows and trunks by of swabs and yielded two isolates (1.2%) of Cryptococcus neoformans, two (1.2%) of Cryptococcus gattii and one (0.6%) of Cryptococcus laurentii. The species Cryptococcus gattii was found only in native trees from the northern region, in areas that still have remains of the Atlantic Forest, while none of the samples from any of the 22 tree species located in urban areas was able to show the presence of Cryptococcus gattii. These results show a possible relationship between the presence of Atlantic Forest and occurrences of Cryptococcus gattii. They confirm that the environment is a source of infection with this fungus.

Key-words: Cryptococcus gattii. Environment. Trees. Espírito Santo.


 

 

O fungo basidiomiceto Cryptococcus apresenta duas espécies consideradas patogênicas para seres humanos e animais15 30Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans, agentes etiológicos da criptococose, micose que afeta tanto indivíduos saudáveis25, como imunocomprometidos6 25, especialmente pacientes com AIDS4 25. A infecção é adquirida através da inalação de propágulos do fungo: leveduras desidratadas ou basidiósporos11 20 e após a inalação pode haver disseminação hematogênica25 para tecido cutâneo, órgãos internos e/ou sistema nervoso central, onde se observa a forma clínica mais comum da micose, a meningoencefalite25.

Ambas as espécies Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans são capazes de produzir lacase, que permite a colonização da madeira, principalmente em avançado estado de decomposição12 21. Sua distribuição geográfica por muito tempo foi considerada restrita a regiões tropicais e subtropicais4 11 24 33. Entretanto, esse paradigma, atualmente, foi quebrado, uma vez que foi relatada a ocorrência de Cryptococcus gattii em regiões de clima temperado5 14 27 38 40Cryptococcus neofomans por sua vez, ocorre geralmente em excrementos secos principalmente de pombos11 31.

O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência de Cryptococcus gattii em áreas da grande Vitória e em diferentes regiões do Estado do Espírito Santo.

 

MATERIAL E MÉTODOS

Coleta das amostras. No período de julho de 2005 a novembro de 2006, foram coletadas 168 amostras de oco e de casca de árvores. Os locais foram selecionados com base na observação de fatores de risco para a aquisição de Cryptococcus gattii pela população em geral: locais urbanos de Vitória com árvores ornamentais, além de regiões localizadas no Sul e no Norte do estado, com diferentes tipos de vegetação.

Colheita e processamento das amostras. As amostras foram obtidas com auxílio de swab, baseada na metodologia proposta por Granados & Castañeda11. No momento da colheita o swab, foi passado na superfície e nos ocos das árvores e transferido para tubos, previamente identificados, contendo meio de transporte de Stuart (Difco). No laboratório, cada swab foi passado na superfície de 10 placas de ágar com semente de Níger11 37 (Guizotia abyssinica), que foram incubadas por até cinco dias a 35ºC.

Isolamento e identificação das leveduras em nível de gênero e espécie. Todas as colônias de coloração marrom no ágar Níger foram repicadas para ágar sabouraud dextrose (Difco). A identificação do gênero Cryptococcus foi baseada na detecção da enzima urease em Meio de Christensen (Difco), na ausência de fermentação de carboidratos e na assimilação obrigatória de inositol como única fonte de carbono. Para caracterização das espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii foi analisado o perfil de assimilação de carboidratos, a ausência de assimilação de nitrato como fonte de nitrogênio inorgânico e características micromorfológicas típicas, como a visualização de cápsula em preparação microscópica com tinta Nankin. As espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii foram diferenciadas no meio CGB (Canavanina-Glicina-azul de bromotimol)11 36.

 

RESULTADOS

Do total de 168 amostras de árvores, 5 (3%) foram positivas para Cryptococcus spp, sendo 2 (1.2%) positivas para Cryptococcus neoformans, 2 (1.2%) para Cryptococcus gattii e uma (0.6%) para Cryptococcus laurentii. As amostras foram coletadas em oito áreas dentro da região metropolitana de Vitória, incluindo parques, horto e campi da UFES (73 amostras). Foram também incluídas duas áreas de preservação ambiental (15 amostras) localizadas respectivamente a 27 e 62km de Vitória: Reserva Biológica de Duas Bocas e Parque Estadual Paulo César Vinha, caracterizado por vegetação de restinga. Foram ainda selecionadas quatro localidades na região serrana (32 amostras), cerca de 80km de Vitória, além de três na região norte (32 amostras) e duas na região sul do estado (16 amostras). As duas cepas de Cryptococcus gattii foram isoladas apenas de árvores da região norte do estado, incluindo a reserva biológica de Sooretama (Tabela 1Figura 1).

 

 

 

 

DISCUSSÃO

Por muito tempo a espécie Cryptococcus gattii foi estritamente associada a árvores de eucalipto (Eucalyptus camaldulensis)e a climas tropicais e subtropicais2 27 33 39 40. Atualmente, entretanto, esta espécie tem sido encontrada em diferentes árvores e regiões geográficas (Tabela 2).

 

 

No Brasil, a espécie foi encontrada nas regiões Norte, Sul e Sudeste1 10 21 27, embora sua maior freqüência seja na região Norte27. Além de árvores, outros nichos de Cryptococcus gattii no ambiente também estão sendo detectados, como o achado desta espécie em excrementos de pássaros psitacídeos de cativeiro, em zoológico do Rio Grande do Sul1 (Tabela 1).

Neste estudo, um total de 22 espécies de árvores ornamentais e frutíferas foram identificadas, mas o isolamento do fungo não ocorreu nestes vegetais, indicando, como salienta Randhawa e cols28, que a espécie pode ter distribuição muito generalizada, o que dificulta sua detecção na natureza. A espécie Cryptococcus gattii foi isolada de árvores existentes apenas nas regiões de Floresta Atlântica e, que por não apresentarem nomes populares nem estruturas como flores e frutos (informações imprescindíveis para a identificação de gimnospermas e angiospermas) não foi possível estabelecer as espécies destas árvores. Além disto, a cepa isolada em Pedro Canário foi coletada de uma árvore em adiantado estado de decomposição. Nenhuma espécie de Cryptococcusfoi isolada de eucaliptos (mencionada anteriormente na literatura como a principal fonte de Cryptococcus gattii5 27 29), coincidindo com achados no Canadá14 e outras regiões3 11 12 14 16 21 30, e demonstrando que o eucalipto não é o nicho ecológico único e primário dessa espécie14 21 40.

A baixa ocorrência de Cryptococcus gattii no Espírito Santo confirma os dados de outros estudos, onde a espécie tem sido isolada do meio ambiente em porcentagem menor que Cryptococcus neoformans23 28. Nas regiões sul, sudeste e centro-oeste o isolamento de Cryptococcus gattii do ambiente é raro quando comparado a Cryptococcus neoformans (90,2% e 1,9%, respectivamente)28. No entanto, esta espécie tem sido mais prevalente nas regiões norte e nordeste (62%)28. Observa-se que mais de 50% das amostras foram coletadas de árvores presentes na região metropolitana de Vitória e em nenhuma delas foi encontrado Cryptococcus gattii, evidenciando que as condições climáticas de Vitória, cidade litorânea e com temperaturas médias elevadas, não são propícias para a ocorrência do fungo. Da mesma forma, Cryptococcus gattii não foi encontrado no Parque Estadual Paulo César Vinha, caracterizado por apresentar vegetação de restinga.

As amostras positivas para Cryptococcus gattii, foram procedentes de Sooretama e Pedro Canário, regiões localizadas ao norte do estado. Sooretama é uma região marcada pela presença de Floresta Atlântica, tanto próxima como afastada dos centros populacionais. A Floresta Atlântica é caracterizada por ter árvores antigas, elevada umidade e sombreamento34 e parece ser um ambiente propício para a ocorrência de Cryptococcus gattii no estado do Espírito Santo. Já Pedro Canário, é uma região caracterizada por desmatamentos recentes, mas que ainda resguarda resquícios de Floresta Atlântica. Possui também árvores em avançado estado de decomposição, condição que favorece o isolamento de Cryptococcus gattii28 31.

Nossos resultados parecem demonstrar que Cryptococcus gattii preferencialmente ocorre em árvores nativas e localizadas em regiões ainda sem muita interferência humana, como sugerido por outros autores28.

Neste estudo, foi possível a detecção de três espécies de CryptococcusCryptococcus gattii,Cryptococcus neoformans e Cryptococcus laurentii. Morfologicamente, as células das três espécies apresentaram cápsula, visualizadas ao microscópio óptico com tinta Nankin. É importante salientar a necessidade de se realizar testes de assimilação de carboidratos, além do emprego do meio CGB, pois Cryptococcus laurentii pode ter o mesmo padrão de crescimento de Cryptococcus gattii neste meio e deve ser diferenciado pela assimilação positiva da lactose20.

A detecção de Cryptococcus laurentii em material de árvore é um dado importante. Esta espécie tem sido encontrada em outros estados do Brasil17 27 e pode ocasionalmente infectar também seres humanos18 19 35.

Este estudo mostra a ocorrência de Cryptococcus gattii no norte do Espírito Santo e sua possível associação com microclima presente em Floresta Atlântica desta região. Outros estudos, no entanto, devem ser realizados para se estabelecer quais fatores podem estar diretamente relacionados à ocorrência do fungo no ambiente.

 

AGRADECIMENTO

Agradecemos a Claudiney Biral Santos, funcionário do Núcleo de Entomologia da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) no auxílio na colheita de amostras fora da grande Vitória.

 

REFERÊNCIAS

1. Abegg MA, Cella FL, Faganello J, Valente P, Schrank A, Vainstein MH. Cryptococcus neoformansand Cryptococcus gattii isolated from the excreta of psittaciformes in a southern Brazilian zoological garden. Mycopathologia 161:83-91, 2006.         [ Links ]

2. Cafarchia C, Romito D, Iatta R, Camarda A, Montagna MT, Otranto D. Role of birds of prey as carriers and spreaders of Cryptococcus neoformans and other zoonotic yeasts. Medical Mycology 44:485-492, 2006.         [ Links ]

3. Callejas A, Ordoñez N, Rodriguez MC, Castañeda E. First isolation of Cryptococcus neoformansvar gattii, serotype C, from the environment in Colombia. Medical Mycology 36: 341-344,1998.         [ Links ]

4. Casali AK, Goulart L, Rosa e Silva LK, Ribeiro AM, Amaral AA, Alves SH, Schrank A, Meyer W, Vainstein MH. Molecular typing of clinical and environmental Cryptococcus neoformans isolates in the Brazilian state Rio Grande do Sul. Federation of European Microbiological Societies Yeast Research 3:405-415, 2003.         [ Links ]

5. Chakrabarti A, Jatana M, Kumar P, Chatha L, Kaushal A, Padhye AA. Isolation of Cryptococcus neoformans var gattii from Eucalyptus camaldulensis in India. Journal of Clinical Microbiology 35:3340-3342, 1997.         [ Links ]

6. Darzé C, Lucena R, Gomes I, Melo A. Características clínicas laboratoriais de 104 casos de meningoencefalite criptocócica. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 33: 21-26, 2000.         [ Links ]

7. Davel G, Abrantes R, Brudny M, Córdoba S, Rodero L, Canteros CE, Perrotta D. Primer aislamiento ambiental de Cryptococcus neoformans var gattii en Argentina. Revista Argentina de Microbiologia 35:110-112, 2003.         [ Links ]

8. Ellis DH, Pfeiffer TJ. Natural habitat of Cryptococcus neoformans var gattii. Journal of Clinical Microbiology 28: 1642-1644, 1990.         [ Links ]

9. Escandón P, Sánchez A, Martínez M, Meyer W, Castañeda E. Molecular epidemiology of clinical and environmental isolates of the Cryptococcus neoformans species complex reveals a high genetic diversity and the presence of the molecular type VGII mating type a in Colombia. Federation of European Microbiological Societies Yeast Research 6:625-635, 2006.         [ Links ]

10. Fortes ST, Lazéra MS, Nishikawa MM, Macedo RC, Wanke B. First isolation of Cryptococcus neoformans var gattii from a native jungle tree in the Brazilian Amazon rainforest. Mycoses 44:137-140, 2001.         [ Links ]

11. Granados DP, Castañeda E. Isolation and characterization of Cryptococcus neoformansvarieties recovered from natural sources in Bogotá, Colombia, and study of ecological conditions in the area. Microbial Ecology 49:282-290, 2005.         [ Links ]

12. Grover N, Nawange SR, Naidu J, Singh SM, Sharma A. Ecological niche of Cryptococcus neoformans var grubii and Cryptococcus gattii in decaying wood of trunk hollows of living trees in Jabalpur City of Central India. Mycopathologia 164:159-170, 2007.         [ Links ]

13. Hamasha AM, Yildiran ST, Gonlum A, Saracli MA, Doganci L. Cryptococcus neoformans varieties from material under the canopies of eucalyptus trees and pigeon dropping samples from four major cities in Jordan. Mycopathologia 158:195-199, 2004.         [ Links ]

14. Kidd SE, Chow Y, Mak S, Bach PJ, Chen H, Hingston AO, Kronstad JW, Bartlett KH. Characterization of environmental sources of the human and animal pathogen Cryptococcus gattiiin British Columbia, Canada, and the Pacific Northwest of the United States. Applied and Environmental Microbiology 73:1433-1443, 2007.         [ Links ]

15. Kidd SE, Guo H, Bartlett KH, Xu J, Kronstad JW. Comparative gene genealogies indicate that two clonal lineages of Cryptococcus gattii in British Columbia resemble strains from other geographical areas. Eukaryotic Cell 4:1629-1638, 2005.         [ Links ]

16. Kidd SE, Hagen F, Tscharke RL, Huynh M, Bartlett KH, Fyfe M, Macdougall L, Boekhout T, Kwon-Chung KJ, Meyer W. A rare genotype of Cryptococcus gattii caused the cryptococcosis outbreak on Vancouver Island (British Columbia, Canada). Proceedings of the National Academy of Sciences of the Unidet States of American 101:17258-17263, 2004.         [ Links ]

17. Kobayashi CC, Souza LK, Fernandes OF, Brito SC, Silva AC, Sousa ED, Silva MR. Characterization of Cryptococcus neoformans isolated from urban environmental sources in Goiânia, Goiás State, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 47: 203-207, 2005.         [ Links ]

18. Kordossis T, Avlami A, Velegraki A, Stefanou I, Georgakopoulos G, Papalambrou C, Legakis NJ. First report of Cryptococcus laurentii meningitis and a fatal case of Cryptococcus albiduscryptococcaemia in AIDS patients. Medical Mycology 36:335-339, 1998.         [ Links ]

19. Kunova A, Krcmery V. Fungaemia due to thermophilic cryptococci: 3 cases of Cryptococcus laurentii bloodstream infections in cancer patients receiving antifungals. Scandinavian Journal of Infectious Diseases 31:328-331, 1999.         [ Links ]

20. Kurtzman CP, Fell JW. The Yeast: A taxonomic study. Elsevier Science New York, 1998.         [ Links ]

21. Lazera MS, Salmito Cavalcanti MA, Londero AT, Trilles L, Nishikawa MM, Wanke B. Possible primary ecological niche of Cryptococcus neoformans. Medical Mycology 38:379-383, 2000.         [ Links ]

22. Licea BA, Garza DG, Zuniga MT. Isolamento de Cryptococcus neoformans var gattii de Eucalytus tereticornis. Revista IberoAmericana Mycologia 13: 27-28, 1996.         [ Links ]

23. Mahmoud YA. First environmental isolation of Cryptococcus neoformans var. neoformans and var gattii from the Gharbia Governorate, Egypt. Mycopathologia 148: 83-86,1999.         [ Links ]

24. Meyer W, Castañeda A, Jackson S, Huynh M, Castañeda E; IberoAmerican Cryptococcal Study Group. Molecular typing of IberoAmerican Cryptococcus neoformans isolates. Emerging Infectious Diseases 9:189-195, 2003.         [ Links ]

25. Mitchell TG, Perfect JR. Cryptococcosis in the era of AIDS – 100 years after the discovery of Cryptococcus neoformans. Clinical Microbiology Reviews 8: 515-458, 1995.         [ Links ]

26. Montagna MT, Viviani MA, Pulito A, Aralla C, Tortorano AM, Fiore L, Barbuti S. Cryptococcus neoformans var gattii in Italy. Journal of Mycology Medical 7: 93-96, 1997.         [ Links ]

27. Montenegro H, Paula CR. Environmental isolation of Cryptococcus neoformans var gattii and Cryptococcus neoformans var. neoformans in the city of São Paulo, Brazil. Medical Mycology 38:385-390, 2000.         [ Links ]

28. Nishikawa MM, Lazera MS, Barbosa GG, Trilles L, Balassiano BR, Macedo RC, Bezerra CC, Pérez MA, Cardarelli P, Wanke B. Serotyping of 467 Cryptococcus neoformans isolates from clinical and environmental sources in Brazil: analysis of host and regional patterns. Journal of Clinical Microbiology 41:73-77, 2003.         [ Links ]

29. Pfeiffer T, Ellis D. Environmental isolation of Cryptococcus neoformans gattii from California. The Journal Infectious Diseases 163: 929-930, 1991.         [ Links ]

30. Polacheck I, Platt Y, Aronovitch J. Catecholamines and virulence of Cryptococcus neoformans. Infection and Immunity 58:2919-2922, 1990.         [ Links ]

31. Randhawa HS, Mussa AY, Khan ZU. Decaying wood in tree trunk hollows as a natural substrate for Cryptococcus neoformans and other yeast-like fungi of clinical interest. Mycopathologia 151:63-69, 2001.         [ Links ]

32. Randhawa HS, Kowshik T, Khan ZU. Decayed wood of Syzygium cumini and Ficus religiosaliving trees in Delhi/New Delhi metropolitan area as natural habitat of Cryptococcus neoformans. Medical Mycology 41:199-209, 2003.         [ Links ]

33. Randhawa HS, Kowshik T, Preeti Sinha K, Chowdhary A, Khan ZU, Yan Z, Xu J, Kumar A. Distribution of Cryptococcus gattii and Cryptococcus neoformans in decayed trunk wood of Syzygium cumini trees in north-western India. Medical Mycology 44:623-630, 2006.         [ Links ]

34. Raven PH, Evert RF, Eichhorn SE. Biologia Vegetal. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001.         [ Links ]

35. Ritterband DC, Seedor JA, Shah MK, Waheed S, Schorr I. A unique case of Cryptococcus laurentii keratitis spread by a rigid gas permeable contact lens in a patient with onychomycosis. Cornea 17:115-118, 1998.         [ Links ]

36. Sorrell TC. Cryptococcus neoformans variety gattii. Medical Mycology 39: 155-168, 2001.         [ Links ]

37. Staib F, Schultz-Dieterich J. Cryptococcus neoformans in fecal matter of birds kept in cages – control of Cryptococcus neoformans habitats. Zentralbi Bakteriology Mikrobiology Hygiene 179: 179-186, 1984.         [ Links ]

38. Stephen C, Lester S, Black W, Fyfe M, Raverty S. Multispecies outbreak of cryptococcosis on southern Vancouver Island, British Columbia. The Canadian Veterinary Journal 43: 792-794, 2002.         [ Links ]

39. Tay ST, Lim HC, Tajuddin TH, Rohani MY, Hamimah H, Thong KL. Determination of molecular types and genetic heterogeneity of Cryptococcus neoformans and Cryptococcus gattii in Malaysia. Medical Mycology 44:617-622, 2006.         [ Links ]

40. Vilcins I, Krockenberger M, Agus H, Carter D. Environmental sampling for Cryptococcus neoformans var. gattii from the Blue Mountains National Park, Sydney, Australia. Medical Mycology 40:53-60, 2002.         [ Links ]

 

 

 Endereço para correspondência:
Dra. Mariceli Araujo Ribeiro
Núcleo de Doenças Infecciosas/UFES
Av. Marechal Campos nº 1468, Maruípe
29040-093 Vitória, ES
Telefax: 55 27 3335-7498
e-mail: mariceliaraujo@yahoo.com

Recebido para publicação em 05/05/2008
Aceito em 01/09/2008
Apoio financeiro: Fundação de Apoio a Ciência e Tecnologia do Estado do Espírito Santo (FAPES), processo nº 30806665/2005.