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Relato de caso de febre tifóide no Município de Maringá, Estado do Paraná

Regiane Bertin de Lima ScodroI; Rubia Andreia Falleiros de PáduaII; Luciana Dias GhiraldiII; Sonia Maria de Souza Santos FarahIII; José Ricardo Colleti DiasIV; Vera Lúcia Dias SiqueiraI; Rosilene Fressatti CardosoI

IDisciplina de Bacteriologia Clínica, Departamento de Análises Clínicas, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR IILaboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR IIILaboratório Central do Estado do Paraná (LACEN), Curitiba, PR IVHospital Municipal de Maringá Dra. Thelma Villanova Kasprowicks, Maringá, PR

DOI: 10.1590/S0037-86822008000600023


RESUMO

A febre tifóide é doença bacteriana aguda causada por Salmonella enterica sorotipo typhi, que é adquirida pela ingestão de água ou alimento contaminado. O objetivo do presente trabalho é descrever um caso de febre tifóide ocorrido em Maringá, após três anos sem notificação da doença no Estado do Paraná.

Palavras-chaves: Salmonella enterica sorotipo typhi. Febre tifóide. Diagnóstico.


ABSTRACT

Typhoid fever is an acute bacterial disease caused by Salmonella enterica serotype typhi, which is acquired by consumption of contaminated food or water. This paper had the aim of describing a case of typhoid fever that occurred in Maringá, State of Paraná, after three years without any notifications of the disease.

Key-words: Salmonella enterica serotype typhi. Typhoid fever. Diagnosis.


 

 

A febre tifóide (FT) é uma infecção sistêmica aguda, causada por Salmonella enterica sorotipo typhi. É comum em países em desenvolvimento e está associada a baixos níveis socioeconômicos e precárias condições de saneamento9. Os humanos são os únicos reservatórios12, podendo ser portadores assintomáticos, sendo o doente ou o portador de extrema importância na epidemiologia da doença. A transmissão ocorre via fecal-oral por veiculação hídrica ou alimentar9. Em áreas endêmicas a maioria dos casos ocorre em pessoas com idade de 3 a 19 anos19.

A febre tifóide é ainda um grande problema de saúde pública afetando no mínimo 20 a 30 milhões de pessoas com uma significativa mortalidade em países em desenvolvimento18. A ocorrência é maior em países em desenvolvimento da Ásia, África, Caribe e América Central e do Sul3. Têm sido relatadas taxas de incidência de 198 casos/100.000 habitantes em Delta do Mekong, Vietnã e de 980 casos/100.000 habitantes em Deli, Índia7. É uma doença incomum em países industrializados como Estados Unidos, Japão, Canadá, Austrália e alguns países da Europa sendo os novos casos notificados de pessoas que viajaram para áreas endêmicas13 17.

No Brasil, as regiões norte e nordeste são as que apresentam maior incidência, refletindo as precárias condições de saneamento básico nessas áreas do país10. Entre 2004 e 2006, foram notificados 1.539 casos de febre tifóide no Brasil11. No Paraná, entre 1980 e 2003, 1.030 casos foram notificados, sendo a incidência em 2003, de 0,01 casos/100.000 habitantes. Nos anos de 2004 e 2005, não houve notificação de casos da doença no estado10.

Segundo a última pesquisa nacional de saneamento básico, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)6 em 2000, dos 5.507 municípios brasileiros, pouco mais da metade (52,2%) possuíam serviços de esgotamento sanitário. No Paraná, 96% dos municípios têm rede geral de abastecimento de água e quase 23% tem rede coletora de esgoto6. Ao contrário do que acontece em boa parte dos municípios do país, Maringá tem um índice de atendimento com coleta e tratamento de esgoto de 88,4%5.

A sintomatologia clássica da doença consiste em febre prolongada, cefaléia, mal-estar geral, anorexia, bradicardia relativa, esplenomegalia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), desconforto abdominal (constipação em adultos e diarréia em crianças) e tosse seca9 19.

Após a ingestão, o bacilo tífico alcança o intestino grosso, rapidamente penetra na mucosa do epitélio via enterócitos e na lâmina própria é fagocitado por macrófagos. Alguns bacilos permanecem no tecido linfóide do intestino grosso e outros são drenados para os linfonodos mesentéricos. Acredita-se que os bacilos alcancem a corrente circulatória principalmente pela drenagem linfática mesentérica e por meio do ducto toráxico alcancem a circulação geral. Após esta bacteremia primária, o patógeno permanece intracelular em todos os órgãos do sistema monocítico macrofágico (baço, fígado, medula óssea, etc.)19, onde fica incubado de uma a três semanas15.

A falta de sinais e sintomas específicos da FT dificulta o diagnóstico clínico. A hemocultura e cultura de medula óssea são métodos laboratoriais sensíveis (80 e 95%, respectivamente) para um diagnóstico definitivo dependente do isolamento de Salmonella typhi14 19, porém sendo esta última tecnicamente mais complexa de ser realizada.

O isolamento de Salmonella typhi das fezes é sugestivo de FT, entretanto as condições clínicas devem ser avaliadas19. A sensibilidade da cultura de fezes depende da porção de fezes cultivada e a positividade aumenta com a duração da doença8 14.

O teste sorológico para FT (reação de Widal) apresenta valor diagnóstico limitado, uma vez que são observadas reações cruzadas com outras espécies de Salmonella e uma sensibilidade de 70%8.

Métodos moleculares utilizando protocolos de reação em cadeia da polimerase (PCR) e sondas de DNA também têm sido desenvolvidos para detectar Salmonella typhi diretamente no sangue, mas não são amplamente realizados onde a FT é endêmica14 16 sendo particularmente úteis em casos de hemoculturas negativas16.

O esquema terapêutico preconizado pelo Ministério da Saúde9 para os casos de FT é o emprego de cloranfenicol ou ampicilina, sulfametoxazol-trimetoprima, amoxicilina ou ainda, em situações que impedem o emprego destes, recomenda-se o uso de ciprofloxacino, ofloxacino ou ceftriaxona. A resistência de cepas de Salmonella typhi para estes fármacos tem se tornado comum, particularmente em certas regiões da Ásia e América Latina8, onde os fármacos de escolha nesta situação são azitromicina ou cefalosporinas de terceira geração14.

O objetivo do presente trabalho é descrever um caso de febre tifóide ocorrido em Maringá, após 3 anos sem notificação da doença no Estado do Paraná.

 

RELATO DO CASO

W.D.S, 13 anos de idade, sexo masculino, residente no perímetro urbano de Maringá, Paraná, procurou o pronto atendimento do Hospital Municipal de Maringá Dra. Thelma Villanova Kasprowicks, no mês de julho de 2007, queixando-se de febre há 6 dias, dores generalizadas pelo corpo, astenia progressiva e cefaléia. Apresentava secreção nasal purulenta há uma semana, necessitando de observação hospitalar por sinusite. Ao exame inicial apresentou-se afebril, eupnéico, consciente, com astenia leve, com ausência de sinais meníngeos e sem foco infeccioso aparente. Foram prescritos dipirona 1g endovenoso (EV) de 6/6 horas e cefalotina 1g EV de 6/6h. Com base em critérios clínico-epidemiológicos as hipóteses diagnósticas iniciais foram dengue e sinusite. Foi realizado exame radiológico dos seios da face com resultado não compatível com sinusite.

A investigação laboratorial procedida no dia da consulta revelou no hemograma: hemácias: 5,95milhões/mm3, hematócrito: 42,1%, hemoglobina: 13,0g/dL, leucócitos: 3.500/mm3 e diferencial (bastonetes: 5%, segmentados: 49%, linfócitos: 41%, linfócitos atípicos: 3%, monócitos: 2%), plaquetas: 130.000/mm3 e velocidade de hemossedimentação: 12mm. Como o menor não apresentou melhora, foi internado mantendo-se o antimicrobiano e antipirético já em uso e acrescentou-se paracetamol 750mg via oral de 6/6h. O mesmo continuou com picos febris de até 39,2ºC. Foi realizado novo hemograma que revelou piora no quadro: hemácias: 5,72milhões/mm3, hematócrito: 40,6%, hemoglobina: 12,1g/dL, leucócitos: 3.300/mm3 e diferencial (metamielócitos: 4%, bastonetes: 28%, segmentados: 40%, linfócitos: 21%, monócitos: 7%) e plaquetas:120.000/mm3.

No segundo dia de internação, persistiu o quadro de febre (39,8ºC), sendo suspenso a cefalotina e o paracetamol. No terceiro dia de internação, observou-se prostração, com hiporexia, emese após a medicação e gengivorragia discreta. Foi prescrito ceftriaxona 2g EV de 12/12h e solicitados exames laboratoriais que demonstraram: hemácias: 5,96milhões/mm3, hematócrito: 41,7%, hemoglobina: 13,0g/dL, leucócitos: 3.700/mm3 e diferencial (bastonetes: 20%, segmentados: 30%, linfócitos: 40%, linfócitos atípicos: 2%, monócitos: 8%) e plaquetas: 146.000/mm3. Os exames bioquímicos realizados foram: sódio: 139mmol/L, potássio: 4,5mmol/L, creatinina: 1,35mg/dL, aspartato aminotransferase (AST): 398U/L, alanina aminotransferase (ALT): 150U/L e uréia: 24mg/dL. Em seguida, foi solicitada sorologia para dengue e hemocultura. A sorologia resultou não reagente e a hemocultura (2 amostras de sangue) revelou crescimento bacteriano, após 24 e 25 horas de incubação, nas duas amostras, sendo detectado pela coloração de Gram presença de bacilos Gram negativos. O resultado final da hemocultura liberado no 8º dia de internação confirmou Salmonella typhi.

Houve piora do estado geral do 3º dia de internação até o 6º dia. No 7º dia o paciente relatou tosse discreta, fato que não se repetiu. No exame físico observou-se fígado a 2cm do rebordo costal direito no 6º e 7º dia de internação; constipação intestinal com episódios de evacuação normal no 3º e 6º dia de internação, regularizando sua função intestinal a partir do 10º dia de internação e 8º dia de tratamento com ceftriaxona. A diurese se apresentou em volume e freqüência normal, notando-se no 2º e 6º dia de internação uma coloração escura. O paciente apresentou-se afebril a partir do 7º dia de internação (5º dia de tratamento com ceftriaxona; mantida até o 13º dia de internação). Evoluiu com melhora clínica e laboratorial apresentando no penúltimo dia de internação os seguintes resultados de exames: hemácias: 5,73milhões/mm3, hematócrito: 41,4%, hemoglobina: 12,9g/dL, leucócitos: 4.600/mm3 e diferencial (bastonetes: 0%, segmentados: 23%, linfócitos: 67%, eosinófilos: 2%, monócitos: 8%); os exames bioquímicos realizados foram: sódio: 145mmol/L, potássio: 4,4mmol/L, creatinina: 0,86mg/dL, aspartato aminotransferase (AST): 75U/L, alanina aminotransferase (ALT): 103U/L e proteína C reativa: 0,35mg/dL.

Identificação bioquímica, sorológica e teste de sensibilidade aos antimicrobianos. A identificação dos isolados nas duas amostras de sangue e o teste de sensibilidade aos antimicrobianos foram realizados empregando-se o sistema automatizado AUTO-SCAN-4 (Dade Behring Inc., West Sacramento, CA, USA). Foram realizadas provas bioquímicas adicionais como fermentação da glicose, rhamnose, arabinose e dulcitol, motilidade, produção de H2S, descarboxilação da lisina e ornitina, produção de gás, utilização do citrato e produção de indol. A identificação sorológica de Salmonella typhi foi realizada por aglutinação em lâmina, utilizando o sorokit para Salmonella que emprega soros para antígenos somáticos (A, B, C1, C2, D e E), flagelares e Vi (Probac do Brasil, São Paulo). A identificação bioquímica, pelo sistema automatizado, dos bacilos Gram negativos isolados nas duas amostras de sangue revelou Salmonella typhi. Provas bioquímicas complementares reforçaram a identificação pelo perfil bioquímico de fermentador da glicose sem produção de gás, motilidade positiva, produção fraca de H2S e descarboxilação da lisina, porém não da ornitina.

Outras provas como utilização do citrato, produção de indol e fermentação da rhamnose, arabinose e dulcitol apresentaram resultados negativos compatíveis com a espécie identificada pelo sistema automatizado. Inicialmente realizou-se a reação de aglutinação com os soros polivalentes somáticos, flagelares e Vi, os quais apresentaram reações de aglutinação somente para os dois primeiros. Considerando a suspeita de Salmonella typhi foi realizada aglutinação em lâmina com os soros monovalentes somático D e flagelar d que apresentaram reação de aglutinação, finalizando desta forma a identificação de Salmonella typhi. O isolado apresentou sensibilidade a todos os antimicrobianos testados e padronizados pelo CLSI (Clinical Laboratory Standard Institute)4, como ampicilina (CIM<8µg/mL), ceftriaxona (CIM<8µg/mL), ciprofloxacino (CIM<1µg/mL) e sulfametoxazol-trimetoprima (CIM<2/38µg/mL).

Medidas de controle adotadas. A conduta adotada frente a este caso de FT foi imediata, tanto na notificação do caso quanto na vigilância. Foi procedida busca ativa de casos no domicílio, identificação de comunicantes do paciente e pesquisa de portadores realizando coprocultura9.

 

DISCUSSÃO

A febre tifóide é doença sistêmica, sendo os sítios mais comuns de infecção secundária o fígado, baço, medula óssea, vesícula biliar e placas de Peyer da porção terminal do íleo14. Este acometimento múltiplo dos órgãos pode explicar alterações que ocorrem nesta doença como hepatoesplenomegalia, icterícia, colúria, entre outras.

A investigação do presente caso foi conduzida por exames clínico, radiológico e laboratorial. A avaliação hematológica demonstrou diminuição de plaquetas e leucócitos com desvio a esquerda, o que nem sempre é observado3 4 15, provavelmente por não se tratar de casos agudos.

A elevação dos valores de AST e ALT foi observada neste caso, atingindo níveis sete vezes o limite normal superior para AST e mais de duas vezes para ALT, no sétimo dia de internação. O aumento das enzimas hepáticas ocorre principalmente em complicações como hepatite colestática1 14 15.

O fato de o paciente ter sido examinado no início da doença, e ter sido solicitado a hemocultura para esclarecer o quadro febril, foi fator determinante para o isolamento de Salmonella typhi no sangue que é inversamente proporcional ao tempo de evolução da doença15.

O tratamento iniciado com ceftriaxona, mesmo sem um diagnóstico definitivo do quadro infeccioso, foi mantido após o recebimento do resultado da hemocultura e do teste de sensibilidade aos antimicrobianos considerando a melhora clínica do paciente, e à observância de sensibilidade da bactéria isolada à ampicilina, ceftriaxona, ciprofloxacino e sulfametoxazol-trimetoprima.

A identificação sorológica de Salmonella typhi pelo teste de aglutinação em lâmina mostrou inicialmente resultado negativo para a pesquisa do antígeno Vi. Fato este explicado considerando que a expressão do antígeno Vi nesta bactéria é variável12, explicando assim a reação negativa frente ao soro anti Vi. A identificação somente foi finalizada após a utilização do soro para pesquisa do antígeno somático D e soro para a pesquisa do antígeno flagelar d, uma vez que a presença destes antígenos (D e d) junto com a observação de características bioquímicas como pequena produção de H2S em meio específico e certa inatividade metabólica a determinados substratos, confirma a identificação bioquímica e sorológica desta bactéria12.

O serviço de vigilância epidemiológica foi notificado pelo Setor de Bacteriologia Clínica do Laboratório de Ensino e Pesquisa/Universidade Estadual de Maringá (LEPAC/UEM) para adoção de medidas coletivas de prevenção visando à detecção do indivíduo carreador do microrganismo e limitar a expansão da FT. Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde9 para detecção de portadores crônicos de Salmonella typhi, após a cura clínica e sete dias de término do tratamento, todo paciente deve fazer coprocultura de 3 amostras de fezes. Quanto aos comunicantes, a pesquisa do estado de portador deve ser feita em 7 amostras de fezes coletadas em dias seqüenciais. Tal conduta foi seguida para este paciente e seus comunicantes, e as coproculturas foram negativas para Salmonella typhi, excluindo a possibilidade de portadores crônicos no paciente e nos comunicantes investigados.

Apesar de serem realizados esforços para detectar a fonte da infecção, este propósito não foi atingido. Neste caso em particular, apesar de a FT estar associada a situações de saneamento básico precário, os autores acreditam que este não deve ter sido o fator preponderante para o paciente contrair a doença, visto que o município de Maringá apresenta bons índices de saneamento básico5.

O paciente e seus comunicantes foram orientados sobre medidas de higiene, como a lavagem das mãos e manipulação de alimentos. Portanto, o rápido diagnóstico clínico-laboratorial e a ação conjunta com o setor de vigilância epidemiológica foram de extrema importância para garantir uma rápida intervenção de medidas, visando à saúde do doente e de seus familiares e evitar a disseminação da doença.

 

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 Endereço para correspondência:
Profª Rosilene Fressatti Cardoso
Deptº de Análises Clínicas/UEM
Av. Colombo, 5790 Bloco J-90 sala 5
87020-900 – Maringá, PR
Tel:55 44 3261-4825; Fax: 55 44 3261-4797
e-mail: rfcardoso@uem.br

Recebido para publicação em 13/12/2007
Aceito em 13/11/2008