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Resistência do Aedes aegypti ao temefós em Municípios do Estado do Ceará

Estelita Pereira LimaI; Alfredo Martins de Oliveira FilhoII; José Wellington de Oliveira LimaIII, V; Alberto Novaes Ramos JúniorI; Luciano Pamplona de Góes CavalcantiI, IV; Ricardo José Soares PontesI

IDepartamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE IINúcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ III Fundação Nacional de Saúde, Fortaleza, CE IVNúcleo de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Fortaleza, CE VUniversidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE

DOI: 10.1590/S0037-86822006000300006


RESUMO

Avaliou-se a suscetibilidade de Aedes aegypti ao temefós através de amostras de ovos e larvas procedentes de quatro municípios de grande porte do estado do Ceará (Fortaleza, Barbalha, Juazeiro do Norte e Crato). Empregou-se a técnica padronizada pela Organização Mundial de Saúde para ensaios com larvicidas. Determinou-se a CL50 de oito amostras provenientes de populações de Aedes e suas respectivas razões de resistência, comparada à CL50 da cepa suscetível Rockefeller. Todas as populações submetidas ao experimento apresentaram resistência ao temefós, com razões de resistência variando entre 8 e 16. A análise destes resultados reforça evidências anteriores sobre a disseminação de resistência ao temefós em diferentes localidades do estado submetidas a grande pressão de controle nas últimas décadas. O larvicida poderá perder a sua eficácia caso não se busque, com urgência, o restabelecimento da suscetibilidade do Aedes aegypti nestas áreas, afetando sobremaneira as campanhas de controle atualmente em curso.

Palavras-chaves: Aedes aegypti. Controle de vetores. Temefós. Resistência a inseticidas.


ABSTRACT

The susceptibility of Aedes aegypti to temefos was evaluated by means of samples of eggs and larvae from four large counties in the state of Ceará (Fortaleza, Barbalha, Juazeiro do Norte and Crato). The technique standardized by the World Health Organization for tests with larvicides was used. The CL50 of eight samples from populations of Aedes was determined, as were their respective resistance ratios, compared to the CL50 of the susceptible Rockefeller strain. All populations submitted to the experiment showed resistance to temefos, with resistance ratios varying between 8 and 16. Analysis of these results reinforces prior evidence regarding the dissemination of temefos resistance in different locations in the state, subjected to considerable pressure for control in recent decades. The larvicide may lose its effectiveness if an urgent attempt is not made to reestablish the susceptibility of Aedes aegypti in these areas, profoundly affecting control campaigns currently under way.

Key-words: Aedes aegypti. Control of vectors. Temefos. Resistance to insecticides.


 

 

A crescente incidência do dengue nas últimas décadas e o risco de reurbanização da febre amarela requerem estratégias efetivas e eficientes para o enfrentamento desses complexos processos ecológico-epidemiológicos pelos serviços de saúde pública no Brasil. Tradicionalmente, a principal estratégia para o controle do Aedes aegypti tem sido o uso intensivo de inseticidas para a eliminação do mosquito adulto ou de suas larvas. Para o combate ao adulto, utilizam-se com mais freqüência os inseticidas organofosforados e piretróides, geralmente durante as epidemias de dengue. No controle de larvas, o principal larvicida, empregado há décadas no país, é o organofosforado temefós, utilizado a 1ppm de princípio ativo, adsorvido em grãos de areia numa formulação contendo 1% dessa substância, que pode ser aplicada em água para o consumo humano, graças à sua baixa toxicidade oral para mamíferos.

O uso disseminado de substâncias inseticidas pode levar à ocorrência de resistência do mosquito a estes compostos, inviabilizando o controle por essa estratégia de ação. Na realidade, tem-se observado tanto deficiências no controle do A. aegypti determinadas por falhas operacionais de campanha como pela existência de populações de A. aegypti resistentes ao temefós, indicando a necessidade da realização de investigações e de monitoramento da resistência para melhor manejo das ações de controle. O fenômeno de resistência do A. aegypti a organofosforados já foi documentado em várias localidades do mundo, tais como: Cuba14, Caribe12, Venezuela13 e Ilhas Virgens15. No Brasil, a resistência a este inseticida já foi detectada em São Paulo6, Campo Grande, MS2, Distrito Federal3; Rio de Janeiro, Sergipe e Alagoas1.

No Estado do Ceará, e no município de Fortaleza o temefós foi utilizado para o controle do A. aegypti desde 1986, quando ocorreu a primeira epidemia de dengue no território cearense8. Em 2000, foram identificadas algumas amostras de A. aegypti resistentes a este produto em Fortaleza e em Caucaia (região metropolitana de Fortaleza)10. No final do ano de 2001, o programa de controle do dengue em Fortaleza passou a empregar outro tipo de larvicida, com diferente mecanismo de ação (Bti). Entretanto, entre 1986 e 2003, ocorreram repetidas epidemias de dengue em Fortaleza e no Estado do Ceará, com uma persistente elevação nos índices de infestação predial, podendo ter ocorrido, como um dos determinantes desse processo, a proliferação de populações de insetos resistentes ao temefós.

O objetivo desse trabalho foi avaliar, em quatro municípios cearenses, a suscetibilidade de larvas do A. aegypti (único vetor do dengue presente no Estado do Ceará) ao temefós, visando determinar se havia resistência capaz de comprometer o programa de controle e avaliar a dispersão de populações resistentes.

 

MATERIAL E MÉTODOS

O processo de seleção das áreas estudadas foi estabelecido considerando-se inicialmente a identificação de áreas metropolitanas e pólos econômicos do Estado do Ceará, historicamente sob grande pressão de controle químico (especialmente o larvicida temefós) e com elevados índices de infestação predial nos dois anos anteriores à pesquisa, realizada em 2003. Assim, foram selecionados para o estudo os municípios de Fortaleza, Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte (Figura 1).

O município de Fortaleza é dividido administrativamente em seis secretarias regionais e, desta forma, foram instaladas ovitrampas em dez bairros distribuídos entre as seis regionais, buscando uma representação geográfica intencional de toda a área, ou quadrantes, do município (Regional I: Bairro de Jacarecanga; II: Joaquim Távora; III: Bom Sucesso e Rodolfo Teófilo; IV: Demócrito Rocha e Damas; V: Granja Portugal, Vila Manoel Sátiro e Parque São José; VI: Jangurussú) (Figura 2).

Nos outros municípios do interior, localizados a mais de 500km de Fortaleza (Figura 1), no extremo sul do Estado do Ceará, foram coletadas larvas em criadouros domiciliares procedentes dos bairros: Vila Santo Antônio, em Barbalha; João Cabral e Casas Populares, em Juazeiro do Norte; e Centro, em Crato.

As amostras de ovos provenientes de Fortaleza foram levadas ao laboratório e identificadas para o estabelecimento de colônias e obtenção da geração F1. Nos municípios do interior do Estado, as larvas coletadas no campo foram selecionadas e identificadas para a formação de colônias e obtenção da primeira geração de larvas em laboratório. Os bioensaios foram realizados com larvas de 3º estádio da referida geração. Em cada teste foram expostos três lotes de 25 larvas em 250ml de água, na concentração de 0,012ppm de temefós, correspondente à concentração diagnóstica desse produto para A. aegypti, preconizada pela Organização Mundial de Saúde16 19. O controle foi realizado expondo-se 25 larvas a 1ml de acetona em 250ml de água. Simultaneamente, realizou-se um teste com larvas comprovadamente suscetíveis da linhagem Rockefeller, cedida pelo Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, expondo-as à concentração de 0,012ppm de temefós.

A leitura dos testes foi realizada após 24 horas, calculando-se a taxa de mortalidade das larvas. Considerou-se como indicador qualitativo de resistência ao larvicida (presente ou ausente) quando a mortalidade ficou abaixo de 80%. Nessa classificação, seria suscetível quando esse percentual de mortalidade fosse acima de 98%, sendo os valores entre 80 e 98% inconclusivos, necessitando acompanhamento4. Os sobreviventes à concentração diagnóstica indicaram a possibilidade da presença de indivíduos portadores do gene ou dos genes para resistência ao temefós na população de A. aegypti de cada bairro estudado. Os grupos de larvas que sobreviviam a esta concentração foram submetidos a concentrações crescentes para se determinar a CL50 e posteriormente a razão de resistência (RR) ao temefós. Para tanto, utilizou-se o programa SPSS for Windows (versão 10.0) para a análise de regressão log probit considerando-se pelo menos três percentuais de mortalidade entre 10% e 90%5. A RR dos grupos de larvas expostos foi determinada dividindo-se o valor da CL50 das larvas resistentes pela CL50 da linhagem suscetível Rockefeller.

 

RESULTADOS

As amostras de A. aegypti provenientes dos bairros de Fortaleza apresentaram um baixo percentual de mortalidade quando expostas ao temefós, sempre em patamares inferiores a 80% (a mortalidade em cada Secretaria Regional de Saúde variou de um mínimo de 0 a um máximo de 28%), valores fortemente sugestivos da presença de indivíduos resistentes nessa população. Em mais da metade dos bairros estudados, a taxa de mortalidade foi nula (0%), confirmando essa tendência. Foi detectada resistência uniformemente em todas as seis Regionais de Fortaleza, revelando a dispersão desse caráter por toda a área metropolitana da cidade (Tabela 1).

 

 

Da mesma forma, reduzidos percentuais de mortalidade (de 0% a 4%) foram também detectados em A. aegypti procedentes dos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, evidenciando que a resistência mostra-se também difundida no interior sul do Estado (Tabela 1).

Testes posteriores para determinar a razão de resistência dos grupos de larvas sobreviventes revelaram níveis elevados de resistência, tanto em Fortaleza quanto nos municípios do interior sul do estado. Em apenas um grupo de larvas de Fortaleza a razão de resistência (RR) ao temefós encontrava-se abaixo de 10. Os demais apresentaram RR entre 10 e 16, valores considerados elevados, capazes de interferir na eficácia do controle. Nos grupos de larvas coletados em Juazeiro do Norte, Barbalha e em Crato, todas as RR encontravam-se acima de 10 (Tabela 2).

 

 

DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo mostraram fortes evidências de que as amostras de A. aegypticoletadas nos bairros de Fortaleza encontravam-se resistentes ao larvicida temefós, indicando, pela grande abrangência geográfica, que provavelmente esta resistência já havia se estabelecido há vários anos. A resistência mostrou-se dispersa em todas as regionais de Fortaleza, provavelmente, pela pressão de controle ter sido uniformemente distribuída em todo o município e devido à inexistência de barreiras geográficas capazes de impedir o cruzamento entre estas populações. Os atuais resultados comprovaram os achados iniciais de Oliveira Filho e cols10, em 2001, quando identificaram amostras de A. aegypti resistentes ao temefós em áreas restritas e localizadas da grande Fortaleza10. No presente estudo, mesmo utilizando-se uma amostra menor de larvas que o usualmente recomendado17 18 e aplicando-se uma metodologia, que, segundo Braga e cols1, tenderia a subestimar a detecção desse fenômeno, observou-se que a resistência era de importante magnitude e dispersão. Esse achado é um indicador indireto de que a prevalência da ocorrência de resistência deve ser elevada nas realidades estudadas, pois foi possível detectá-la mesmo com pequenas amostras, sugerindo a gravidade da situação em termos epidemiológicos ou de ações de prevenção e controle. A presença de amostras resistentes nos municípios do interior do Estado encontrava-se tão alta quanto à observada em Fortaleza. Considerou-se esse achado como importante indicador da presença de populações de A. aegyptiresistentes em outros municípios que sofreram forte pressão de seleção pelo temefós, fato que merece atenção em virtude do uso disseminado e prolongado desse produto em quase todo o Estado.

Além da baixa mortalidade frente ao temefós, indicativa da forte presença de indivíduos resistentes, o fato mais preocupante foi o alto patamar das razões de resistência (RR) a esse larvicida, nas populações testadas. Essas se apresentaram, em sua maioria, com RR acima de 10, nível considerado comprometedor da ação do larvicida, causando prejuízos aos programas de controle do vetor7. Para larvas que apresentam RR desta magnitude, o efeito residual do temefós em campo será menor, uma vez que há queda gradual da concentração disponível inicialmente nos depósitos tratados, contribuindo para o aumento no número de larvas sobreviventes com o passar do tempo, com o conseqüente incremento da infestação vetorial nas respectivas áreas. Esta situação acarreta a necessidade de maior número de aplicações de larvicida em intervalos mais curtos, com o conseqüente aumento de custos no programa de controle e riscos de ocorrência de epidemias de dengue.

Diante das condições de resistência das populações testadas, coloca-se a necessidade de substituição do temefós por outros larvicidas com mecanismo de ação diferente, visando maior efetividade do programa de controle e a recuperação da suscetibilidade da espécie alvo ao produto anteriormente em uso. Da mesma forma, reforça-se a fundamentação científica sobre a decisão de substituir este larvicida (o temefós) pelo Bti, nos municípios de Fortaleza (em 2001), Juazeiro do Norte e Caucaia (em 2002). No entanto, nas outras duas cidades, Crato e Barbalha, além dos demais municípios do Ceará, o temefós ainda continuava sendo aplicado, aumentando a pressão seletiva por esse organofosforado e a probabilidade de elevar cada vez mais os níveis de resistência das populações de A. aegypti lá existentes.

Além da substituição do larvicida, sugere-se ainda que se invista em formas de controle alternativas que possam eliminar ou minimizar os riscos de desenvolvimento de resistência aos produtos utilizados. Uma delas é o controle integrado, medida que está sendo incentivada no Brasil, envolvendo o controle químico, biológico e mecânico, com a participação da população e respeitando as peculiaridades de cada área infestada. Dessa forma, estratégias de educação ambiental e educação em saúde devem, necessariamente, ser desenvolvidas. Também é indispensável que haja investimento no sistema de saneamento básico, coleta de lixo e outras formas de manejo urbano que minimize o risco representado por criadouros de A. aegypti 9.

A adoção do controle integrado, inclusive com o uso de peixes larvófagos em depósitos domiciliares, é uma prática que já vem sendo largamente utilizada no Estado do Ceará11. Diante do quadro de resistência das populações de A. aegypti avaliadas é preciso que seja intensificado esse tipo de controle, como também, proceder a avaliação de amostras de populações de A. aegypti em outras localidades, além do monitoramento permanente dos produtos utilizados nas ações de controle do vetor.

 

AGRADECIMENTOS

À bióloga Ana Cláudia Regazzi e aos laboratoristas Zolide Ribeiro, José Maria e Antônio Raimundo da Fundação Nacional de Saúde; ao grupo do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro e aos agentes de endemias dos municípios de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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 Endereço para correspondência:
Prof. Ricardo José Soares Pontes
Deptº de Saúde Comunitária/Universidade Federal do Ceará
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e-mail: rjpontes@fortalnet.com.br

Recebido para publicação em 4/1/2005
Aceito em 7/3/2006