Home » Volumes » Volume 25 April/June 1992 » Avaliação da parasitemia em mulheres portadoras de infecção pelo Trypanosoma cruz1 durante e após a gestação

Avaliação da parasitemia em mulheres portadoras de infecção pelo Trypanosoma cruz1 durante e após a gestação

Carlos A.S. Menezes; Achiléa L. Bittemcourt; Eduardo Mota; ítalo Sherlock; Janete Ferreira

DOI: 10.1590/S0037-86821992000200004


RESUMO

Avaliou-se o perfil parasitêmico de 119 chagásicas crônicas, através de 828 xenodiagnósticos, realizados durante (465 xenos) e após a gravidez (363 xenos) visando rastrear umapossível variação da parasitemia nesses períodos. Afreqüência de xenos positivos foi maior durante a gestação. Por outro ládo, a freqüência de triatomíneos infectados foi, também, maior durante a gravidez, indicando níveis parasitêmicos mais elevados neste período. Apenas 17% das mães estudadas tiveram dois ou mais xenos positivos durante a gravidez. Nestas mulheres, a diferença entre a freqüência de xenos positivos durante e após a gravidez foi elevada, sugerindo ter havido exacerbação da infecção chagásica, pelo menos em algumas delas.

Palavras-chave: Xenodiagnóstico. Parasitemia na gestação. Doença de Chagas na gravidez. Doenças infecciosas e gravidez.


ABSTRACT

This paper presents an evaluation oftheparasitemic profiles of 119 women chronically infected with T.cruzi. Xenodiagnosis (xenos) were applied during (465 xenos) and after pregnancy (363 xenos) in order to detect possible variations in parasitemia in these periods. The frequency of positive xenos was greater during than after gestation. Otherwise, the frequency of infected triatomines was wore elevated during pregnancy, indicating higher parasitemic levels in this period. Only 17% of the studied women had two or more positive xenos during pregnancy. In these mothers the difference between the frequencies of positive xenos during and after gestation was high, suggesting the occurrence of exacerbation of infection at least in some women.

Keywords: Xenodiagnosis. Parasitemia in gestation. Chagas disease in pregnancy. Infectious diseases and pregnancy.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Andrade SG, Carvalho ML, Figueira RM. Carcterização morfológica e histopatológiea de diferentes cepas do T. cruzi. Gazeta Médica da Bahia 70: 32-42, 1970.         [ Links ]

2. Biocca A, Sequeira H. Prevalência de infeccion chagásica en embarazadas. In: Anais do 1° Congresso Argentino de Parasitologia, Buenos Aires p. 43, 1972.         [ Links ]

3. BrabinBJ. Epidemiology of infection in pregnancy. Reviews of Infectious Diseases 7: 579-603, 1985.         [ Links ]

4. Carlier Y, Rivera MT, Truyens C, Puissont F, Milane J. Interactions between chronic murine T. cruzi infeccion and pregnancy: fetal growth retardation. American Journal ofTropical Medicine and Hygiene 37: 534-540, 1987.         [ Links ]

5. Duncan ME, Person JM, Ridley DS, Melsom R, Bjune G. Pregnancy and leprosy: The consequences of alterations of cell mediated and humoral immunity during pregnancy and lactation. International Journal of Leprosy 50: 425-435, 1982.         [ Links ]

6. Hoff R, MottKE, Silva JEF, Menezes V, Hoff JN, Barrett TV, Sherlock IA. Prevalence of parasitemia and seroreactivity to Trypanosoma cruzi in a rural population of northeast Brazil. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 28: 461-466,1979.         [ Links ]

7. Kohl S, Pickering LK, Frankel LS, Yaeger RG. Reactivation of Chagas’disease during therapy of acute lymphocytic leukemia. Cancer 50: 827-828, 1982.         [ Links ]

8. Krampitz HE, Disko R. Retardation of parasitemia, prolongation of life or survival of lactating mice in ifections with Trypanosoma cruzi. Nature (London) 209: 526, 1966.         [ Links ]

9. Reyes MB, Locca M, Munoz P, Frasch AC. Fetal IgG specificities against Trypanosoma cruzi antigens in infected newborn. Proceedings of National Academy of Science (USA) 87: 2846-2850, 1990.         [ Links ]

10. Storni P, Bolsi FL. Embarazo e parasitismo por Trypanosoma cruzi. Medicina (Buenos Aires) 39: 193-197, 1979.         [ Links ]

11. Szarfman A, Urman J, Otalora A, Larguia A, Yanovsky JF. Specific agglutinins and immunoglobulin levels in congenital Chagas’infection. Medicina 35: 245-250, 1975.         [ Links ]

12. Tanowitz HB, Morris SA, Factor SM, Weiss LM, Wittner M. Parasitic diseases of the heart I: Acute and chronic Chagas’disease. Cardiovascular Pathology 1: 7-15, 1992.         [ Links ]

 

 

 Endereço para correspondência:
Dr. Carlos A.S. Menezes.
R. Pacífico Pereira 406/1003
40100-170
Salvador, BA.

 

 

Recebido para publicação em 10/12/91.

 

 

Trabalho da Maternidade Climério de Oliveira, Departamentos de Patologia e de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia, do Serviço de Entomologia do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz/ FIOCRUZ e do Setor de Imunologia do Laboratório Central do Estado da Bahia, Salvador, BA.