Home » Volumes » Volume 27 Octuber/December 1994 » Estudo radiológico longitudinal do esôfago, em área endêmica de doença de Chagas, em um período de 13 anos

Estudo radiológico longitudinal do esôfago, em área endêmica de doença de Chagas, em um período de 13 anos

Cleudson Castro; Vanize Macêdo; Joffre M. Rezende; Aluízio Prata

DOI: 10.1590/S0037-86821994000400005


RESUMO

Foi realizado estudo radio lógico longitudinal do esôfago abrangendo um período de 13,2 anos, na população do município de Mambaí no estado de Goiás. Os exames foram realizados na sede municipal, com aparelho de abreugrafia, usando filme de 70 milímetros. Foram examinados 731 indivíduos dos quais 382 (52,3%) eram soropositivos. Em relação ao sexo 350 (47,9%) eram do sexo masculino e 381 (52, 1%) do sexo feminino. A incidência de megaesôfago na população estudada foi 7,9% e entre os soropositivos 14,2 %. A progressão da esofagopatia entre os soropositivos do sexo masculino foi 21,7% e no sexo feminino 16,6%.

Palavras-chave: Evolução do megaesôfago. Doença de Chagas. Abreugrafia do esôfago. Mega esôfago chagásico.


ABSTRACT

A radiological study of the oesophagus of a cohort of patients was carried during a 13 year period in the municipality of Mambaí Goiás. Barium swallow findings were recorded on 70mm film using a portable machine. Of 731 patients examined 382 (52.3%) were seropositive for T. cruzi. The sexes were equally divided. The incidence of detectable megaoesophagus was 7.9% among the cohort and 14.2% in the seropositive individuals. Progression of the disease was noted during this longitudinal study in 21.7% of males and 16.6% of females.

Keywords: Evolution of megaoesophagus. Chagas’ disease. Barium swallow evaluation. Chagasic megaoesophagus.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BarbosaH, Barichello AW, ViannaAL, Mendelssonh P, Souza JAG. Megaesôfago chagásico: tratamento pela cardioplastia a Thal. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 8:16-29, 1981.         [ Links ]

2. BarbosaH, Barichello AW, ViannaAL, Mendelssonh P, Watanabe LM. Tratamento cirúrgico do megaesôfgo chagásico: duas décadas de experiência numa região endêmica. Revista Goiana de Medicina 35:1-23,1989.         [ Links ]

3. Castro C, Macêdo V, Rezende JM, Prata A. Estudo radiológico longitudinal do esôfago, em área endêmica de doença de Chagas, em um período de seis anos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 25:225-230, 1992.         [ Links ]

4. Castro C, Rezende JM, Camargo M, Prata A, Macêdo V. Prevalência da esofagopatia chagásica no município de Mambaí, Goiás – Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 20:13- 17, 1987.         [ Links ]

5. Coura JR, Abreu LL, Pereira JB, Willcox HP. Morbidade da doença de Chagas. IV. Estudo longitudinal de dez anos em Pains e Iguatama, Minas Gerrais, Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 80:73-80, 1985.         [ Links ]

6. Dias JCP. Doença de Chagas em Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Estudo clínico epidemiológico a partir da fase aguda, entre 1940 e 1982. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 1982.         [ Links ]

7. Dias JCP. O programa de controle da doença de Chagas no Brasil em 1986. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 19: 129-133, 1986.         [ Links ]

8. Dias JCP. Control of Chagas disease in Brazil. Parasitology Today 3:336-341, 1987.         [ Links ]

9. Garcia-Zapata MT, Marsden PD. Control of the transmission of Chagas’disease in Mambaí, Goiás, Brasil (1980-1988). The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 46:440-443, 1992.         [ Links ]

10. Garcia-Zapata MT, Marsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN, Prata A, Macêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambaí- Goiás, Brasil (1982-1984). Revistada Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 19: 219-225, 1986.         [ Links ]

11. Lima JTF. Incremento do programa de controle da doença de Chagas no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 16:128-129, 1983.         [ Links ]

12. Macêdo VO. Influência da exposição à reinfecção na evolução da doença de Chagas. Revista de Patologia Tropical 5:33-116, 1976.         [ Links ]

13. Marsden PD. The control of Chagas’disease in Mambaí, Brazil. The initial phases. Infection Control 2:466-470,1981.         [ Links ]

14. Marsden PD, Virgens D, Castro CN, Brasil IP, Ferreira R, Silveira AC, Matos CAS, Macêdo V, Prata A. Thecontrol of Chagas ‘disease transmission in Mambaí, Goiás- Brazil (1980-1981). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 16:189- 195, 1983.         [ Links ]

15. Pereira JB, Willcox HP, Coura JR. Morbidade da doença de Chagas. III Estudo longitudinal de seis anos, em Virgem da Lapa MG, Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 80:63-71, 1985         [ Links ]

16. Pinotti HW. Aspectos sócio-econômicos do megaesôfago e megacolon. In: Raia AA (ed) Manifestações digestivas da moléstia de Chagas, Sarvier, São Paulo p. 21-24, 1983.         [ Links ]

17. Pompeu FR. Estudo longitudinal da doença de Chagas em trabalhadores rurais do município de Luz, Minas Gerais (1976-1985). Tese de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 1990.         [ Links ]

18. Prata A, Almeida F, Macêdo V. Estudo comparativo sobre o esvaziamento do esôfago pela abreugrafia entre uma área endêmica de doença de Chagas e outra de esquistossomose. In: Anais do III Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Salvador p.39, 1967.         [ Links ]

19. Rezende JM. Clínica: manifestações digestivas. In: Brener Z, Andrade Z (eds). Trypanosoma cruzi e doença de Chagas. 1a edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro p.312-361, 1979.         [ Links ]

20. Rezende JM. Classificação radiológica do megaesôfago. Revista Goiana de Medicina 28:187- 191, 1982.         [ Links ]

21. Rezende JM, Lauar KM, Oliveira AR. Aspectos clínicos e radiológicos da aperistálse do esôfago. Revista Brasileira de Gastroenterologia 12:247- 262, 1960.         [ Links ]

 

 

 Endereço para correspondência:
Dr. Cleudson Castro.
Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição/UnB.
Caixa Postal 04671,
70919-970
Brasília, DF, Brasil.

 

 

Recebido para publicação em 09/06 /94.

 

 

Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição, Universidade de Brasília, Brasília, DF e Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.
Trabalho financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).