Home » Volumes » Volume 22 January/March 1989 » Family occurrence of schistosomal hepatosplenomegaly and maternal effect

Family occurrence of schistosomal hepatosplenomegaly and maternal effect

José Tavares-Neto; Aluizio Prata

Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina e Departamento de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

DOI: 10.1590/S0037-86821989000100003


ABSTRACT

In this paper we present a study of members of 265 nuclear families, aged six or more. This study is based of family heredograms, and takes into account the clinical form ofschistosomiasis observed before treatment with oxamniquine. The probability of occurrence of two or more cases ofhepatosplenomegaly is low, notwithstanding the fact that it was observed in 38 families. Even less frequent is the occurrence of three or more cases observed in 17 families (P=0.002). The concentration of the hepatosplenic form was higher among siblings than it was among mothers and children, or fathers and children. It was found to be not significant between husband (father) and wife (mother). These observations reinforce the evidence for the presence of a genetic component in susceptibility to the hepatosplenic form of the disease. In cases in which the mother was hepatosplenic there was a higher incidence of hepatosplenic children; the relative risk was a least five times higher than in those in which the father was the affected member (the maternal effect). In cases where both members were affected by the hepatointestinal form, the risk to the filial generation was similar to that of the population in general. Thus, in the process towards severe forms of Schistosomiasis mansoni, pre and post natal factors might be involved.

Keywords: Schistosomiasis. Family occurrence. Maternal effect.


RESUMO

As formas clínicas da esquistossomose mansônica, anteriores ao tratamento com oxamniquine, foram estudadas nos membros de 265famílias, com seis anos ou mais de idade. A probabilidade da ocorrência de dois ou mais casos, na mesma família, da hepatosplenomegalia esquistossomótica (HE) é baixa, no entanto foi observada em 38 famílias; menor probabilidade (P = 0,002) devia ocorrer três ou mais casos, porém dezessete famílias estavam nesta situação. A concentração da forma HE foi alta entre irmãos, comparativamente à observada entre mães e filhos epais e filhos. Não sendo significante a concentração encontrada no casal entre marido e mulher. Estas observações reforçam a evidência do efeito do componente genético da’ susceptibilidade para a forma HE. Também, quando a mãe era hepatosplênica (HE) a prevalência desta forma nos filhos foi maior; o risco relativo foi cinco vezes superior (efeito materno), comparado ao encontrado quando era o pai hepatosplênico. Quando ambos os genitores eram hepatointestinal os riscos relativos da forma HE, nos filhos, foi semelhante ao da população geral. Assim, provavelmente fatores pré e pós- natais também estarão envolvidos na predisposição da forma hepatosplênica.

Palavras-chave: Esquistossomose. Recorrência familial. Efeito materno.


 

 

Full text available only in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

 

 

REFERENCES

1. Beiguelmann 8. Leprosy and genetics: a review. Revista Brasileira Genética 6: 109-172, 1983.         [ Links ]

2. Bina JC, Prata A. Regressão da hepatosplenomegalia pelo tratamento especifico da esquistossomose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 16:213- 218,1983.         [ Links ]

3. Camus D, Carlier Y, Bina JC, Borojevic R, Prata A, Capron A. Sensibilization to Schistosoma mansoni antigen in a infected children bom to infected mothers. Journal of Infectious Diseases 134: 405-408, 1976.         [ Links ]

4. Camus D, Carlier Y, Capron M, Bina JC, Figueiredo JFN, Prata AR, Capron A. Immunological studies in human schistosomosis III. Immunoglobulin levels, antibodies and delayed hipersensitivity. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 26: 482-490, 1977.         [ Links ]

5. Cardoso W. A esquistossomose mansônica no negro. Medicina, Cirurgia e Farmácia 202/203:89-95,1953.         [ Links ]

6. Cheever AW. A review. Schistosoma japonicum: The pathology of experimental infection. Experimental Parasitology 59: 1-11, 1985.         [ Links ]

7. Cheever AW, Dunn MA, Dean DA, Duvall R. Differences in hepatic fibrosis in ICR, C3H, and C57 8L/6 mice infected 3 with Schistosoma mansonAmerican Journal of Tropical Medicine and Hygiene 32: 1364- 1369, 1983.         [ Links ]

8. Conceição MJ, Coura JR. Ocorrência familiar de esplenomegalia esquistossomática em uma área rural de Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 13: 17-20, 1980.         [ Links ]

9. Dietze R, Prata A. Rate of reversion of hepatosplenic schistosomiasis after specific therapy. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 19:69-73,1986.         [ Links ]

10. Falconer DS. Introdución a la genética quantitativa. Ed. Co. Continental, 1971.         [ Links ]

11. Fanning MM, Kazura JW. Genetic-linked variation in susceptibility of mice to Schistosomiasis mansoniParasite Immunology 6: 95-103, 1984.         [ Links ]

12. Fanning MM, Peters PA, Davis RS, Kazura JW Mahmoud AAF. Immunopathology of murine infection with Schistosoma mansoni: Relationship of genetic background to hepatosplenic disease and modulation. Journal of Infectious Diseases 144: 148-153,1981.         [ Links ]

13. Klõetzel K. A síndrome hepatosplênica na esquistossomose mansônica. Considerações sobre a incidência familial. Revista Brasileira de Medicina 15: 263-265, 1958.         [ Links ]

14. Klõetzel K. Splenomegaly in Schistosomiasis mansoniAmerican Journal of Tropical Medicine and Hygiene 11: 472-476, 1962.         [ Links ]

15. Mahomoud AAF. Genetic of schistosomiasis. In: Michal F (Ed.) Modem genetic concepts and techniques in the study of parasites. Co. Ag. Basel, p. 302-303, 1981.         [ Links ]

16. Oliveira LEG, Porcaro RM, Araújo TCN. O lugar do negro na força de trabalho. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio de Janeiro, 88p., 1981.         [ Links ]

17. Ohta N, Nishimura YK, Iuchi M, Sasazuki T. Immunogenetic analysis of patients with post-schistosomal liver cirrhosis in man. Clinical Experimental Immunology 49: 493-499, 1982.         [ Links ]

18. Prata A. Como caracterizar a forma hepatosplênica da esquistossomose. In: Prata A, Aboim E. (ed.). II Simpósio sobre Esquistossomose, Salvador, Bahia, p. 179- 184, 1970.         [ Links ]

19. Prata A, Bina JC. Development of the hepatosplenic form os schistosomiasis. Gazeta Médica da Bahia. 68: 49-60, 1968.         [ Links ]

20. Prata A. Schroeder S.A comparison of whites and negroes infected with Schistosoma manson in hyperendemic areas. Gazeta Médica da Bahia 67: 93-98, 1967.         [ Links ]

21. Siegel S. Estatística não-paramétrica, McGraw-Hill, p. 350, 1975.         [ Links ]

22. Silva NV. Cor e o processo de realização sócio-econômica. Revista de Ciências Sociais 24: 391-409, 1981.         [ Links ]

23. Sobral ACL, Lenzi JA, Lenzi HL. Influência de fatores congênitos e do aleitamento na evolução da infecção esquistossomótica. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 10 (supl.): 64,1987.         [ Links ]

24. Tavares-Neto J. Recorrência familial e composição racial na esquistossomose mansônica. Tese de Mestrado, Universidade de Brasília, 256p., 1987.         [ Links ]

25. Tavares-Neto J. A raça branca e a forma hepatosplênica da esquistossomose. Revista de Saúde Pública 21: 342- 347,1987.         [ Links ]

26. Wahab AMF. Clinical features of hepatosplenic schistosomiasis in Egypt. World Health Organization, (Who Expert Committe), 1984.         [ Links ]

 

 

 Adress to correspondence:
Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
Praça Thomaz Ulhoa, 706
38025
Uberaba-MG, Brasil.

 

 

Recebido para publicação em 3/12/88.

 

 

Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro – Uberaba- MG and Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição – Universidade de Brasília.
Financial support from CNPq and the Ministry of Health.