Home » Volumes » Volume 19 July/September 1986 » Atividade colinesterásica no plasma e em eritrócitos de pacientes com as formas cardíaca e indeterminada da doença de Chagas

Atividade colinesterásica no plasma e em eritrócitos de pacientes com as formas cardíaca e indeterminada da doença de Chagas

Roseli A.S. Gomes; Lineu J. Miziara; José Geraldo F. Gonçalves; Kleber G. Franchini; Valdemar Hial

DOI: 10.1590/S0037-86821986000300005


RESUMO

A atividade colinesterásica foi determinada no plasma e em eritrócitos de 10 indivíduos normais e em 26 pacientes chagásicos crônicos, sendo 6 com insuficiência cardíaca congestiva compensada, 10 com cardiopatia sem insuficiência cardíaca congestiva e 10 com a forma indeterminada. Os valores enzimáticos encontrados foram (média ±sd): 2196 ± 442 UI/L no plasma e 19,4 ± 3,3 Ul/g Hb em eritrócitos do grupo controla; 2291 ± 317 UI/L no plasma e 19,2 ±3,7 Ul/g Hb em eritrócitos dos chagásicos com insuficiência cardíaca congestiva compensada; 2445 ± 357 UI/L no plasma e 18,3 + 3,0 Ul/g Hb em eritrócitos dos cardiopatas chagásicos sem insuficiência cardíaca congestiva; 2006 ± 327 UI/L no plasma e 17,8 ± 3,1 Ul/g Hb em eritrócitos de chagásicos com a forma indeterminada.
Nossos dados mostram que o comprometimento neuronal que ocorre nos cardiopatas chagásicos crônicos não é suficiente para levar a alterações significativas (p > 0,05) das atividades colinesterásicas no plasma e em eritrócitos.

Palavras-chave: Atividade colinesterásica. Doença de Chagas. Cardiopatia chagásica. Forma indeterminada.


ABSTRACT

Cholinesterase activity was measured in the plasma and erythrocytes from 10 healthy individuals and 26 chronic chagasic patients. The chronic chagasic patients were distributed in 3 groups: 6 chagasic patients with compensated heart failure; 10 chagasic patients with cardiopathy but without heart failure; and 10 chagasic patients with the indeterminateform. The enzymatic levels achieved in plasma and erythrocytes were. respectively: 2,196 ± 442 UI/L and 19.4 ± 3.3 Ul/g Hb from Controls; 2,291 ±317 UI/L and 19.2 ±3.7 Ul/g Hb from chagasic patients with compensated heart failure; 2,445 ±357 UI/L and 18.3 ± 3.0 Ul/g Hb from chagasic patients with cardiopathy but without heart failure and 2,006 ± 327 UI/L and 17.8 ± 3.1 Ul/g Hb from chagasic patients with the indeterminate form.
Our data show that neuronal injury in the chronic cardiopathy is not sufficient to promote significant alterations (p > 0,05) in the cholinesterase activity in the plasma and erythrocytes.

Keywords: Cholinesterase activity. Chagas’ disease. Chagasic cardiopathy. Indeterminate form.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Almeida HO. A cardiopatia em chagásicos crônicos com e sem “megas”. Tese para Professor Titular, Faculdade de Medicina doTriângulo Mineiro, Uberaba, MG, 1982.         [ Links ]

2. Almeida HO, Teixeira VPA, Gobbi H, Rocha A, Brandão MC. Inflamação associada a células musculares cardiacas parasitadas pelo Trypanosoma cruzi em chagásicos crônicos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 42: 183-186, 1984.         [ Links ]

3. Boston VE, Dale G, Riley KWA. Diagnosis of Hirschsprung’s disease by quantitative biochemical assay of acetylcholinesterase in rectal tissue. Lancet 2: 951-953, 1975.         [ Links ]

4. Boston VE, Cywes S, Davies MRQ. Serum and erythrocyte acetylcholinesterase activity in Hirschsprung’s disease. Journal of Pediatric Surgery 13: 407-410,1978.         [ Links ]

5. Brown SS, Kalow W, Whittaker M, Woronick CL. The plasma cholinesterases: a new perspective. Advances in Clinical Chemistry 22: 1-123, 1981.         [ Links ]

6. Siqueira ME, Femícola NAGG, Borges EL. Determinação de níveis normais de colinesterase plasmática e eritrocitária. Revista de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública Universidade de São Paulo 12: 340-344, 1978.         [ Links ]

7. Ellman GL, Courtney KD, Andres JRV, Featherstone RM. A new rapid colorimetric determination of acetylcholinesterase activity. Biochemical Pharmacology 7: 88-95, 1961.         [ Links ]

8. Hial V, Ulhôa JP, Reis VF, Gomes RAS, Perez AC. Atividade colinesterásica no plasma e em eritrócitos de portadores de megacolo chagásico. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 16: 41-45, 1983.         [ Links ]

9. Junqueira JrLF,Gallo JrL,Manço JC,MarinNeto, JA, Amorim DS. Subtle cardiac autonomic impairment in Chagas’ disease detected by baroreflex sensitivity testing. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 18: 171-178, 1985.         [ Links ]

10. Kõberle F. Die Chagaskrankheit: eine erkrankung der neurovegetativen peripherie. Wiener Klinische Wochenschrift 68: 333-339, 1956.         [ Links ]

11. Lemberg A, Macchi MC. Usefulness of serum pseudocholinesterase isoenzymes in acute and chronic liver diseases and neoplasms (experimental and clinical study). Acta Gastroenterológica Latinoamericana 11: 125-132, 1981.         [ Links ]

12. Lopes ER. Estudo comparativo dos gânglios subepicárdicos nas cardiopatias chagásica crônica, reumática e hipertensiva. Tese para Docência-Livre de Patologia, Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, 1969.         [ Links ]

13. Magris D, Mottola A, Mian G, Minutillo S, Trolo L, D’Agnolo N. Diagnostic and prognostic significance of cholinesterase (CHE) in chronic liver disease. Minerva Medica 70: 483-487, 1979.         [ Links ]

14. Sportiello V, Pace M, Fernandes D, Stefan C. Serum levels of CHE (Pseudocholinesterase) in alcoholic cirrhosis patients. Correlation with the extent of anatomofunctional damage: unfavourable prognosis. Archivio per le Scienze Mediche 138: 307-313, 1981.         [ Links ]

15. Tafuri WL. Alterações ultra-estruturais dos componentes muscular, intersticial e nervoso do coração e intestinos, na doença de Chagas experimental e humana. Tese para Professor Titular, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 1974.         [ Links ]

 

 

 Endereço para correspondência:
Prof. Valdemar Hial
Departamento de Bioquímica e Biofísica
Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
38100
Uberaba, MG, Brasil.

 

 

Recebido para publicação em 18/9/1985.

 

 

Trabalho realizado no Departamento de Bioquímica e Biofísica e no Departamento de Medicina da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. 38100 Uberaba, MG.
Este trabalho foi realizado com auxílio financeiro do CNPq.