Home » Volumes » Volume 17 July/September 1984 » Interação do Trypanosoma cruzi com diferentes vetores: uso para o xenodiagnóstico

Interação do Trypanosoma cruzi com diferentes vetores: uso para o xenodiagnóstico

Nelson J. Alvarenga; Elizabeth Bronfen

DOI: 10.1590/S0037-86821984000300007


RESUMO

Foram estudadas as diferenças de interação (diferenciação e multiplicação) das cepas Ye CL de Trypanosoma cruzi, consideradas “polares”, junto a Triatoma infestansPanstrongylys megistus e Dipetalogaster maximus.
Concluiu-se que o T. infestans apresenta em suas populações cerca de 40% de indivíduos com acentuada resistência à infecção pela cepa Y. O P. megistus foi considerado um bom vetor onde se verificou pequena perda de infecção para ambas as cepas e boa diferenciação.
Melhor desenvolvimento e diferenciação para ambas as cepas foi observado em D. maximus e daí sua indicação para xenodiagnósticos.
Os autores concluem pela possibilidade da presença de fatores de resistência à infecção e também de inibidores de diferenciação como responsáveis por uma boa ou má interação parasito-vetor.

Palavras-chave: Interação. T. cruzi-vetor. Xenodiagnóstico. Fator de resistência à infecção. Diferenciação.


ABSTRACT

Data showing differences in the interaction (differentiation and multiplication) o/Trypanosoma cruzi Yand CL strains (“polar strains ”), in Triatoma infestans Panstrongylus megistus and Dipetalogaster maximus are presented. It is concluded that with T. infestans 40% of the individual bugs have accentuated resistance to infection with the Y strain of T. cruziP. megistus was found to be a good vector to the studied strains presenting good development and differentiation of the parasites with low percentage of rejection of infection. Better development and differentiation is shown by D. maximus which is indicated for xenodiagnosis in Chagas’ disease.
The authors suggest the presence of two factors responsible for this vector-parasite interaction: a resistance factor to infection, perhaps related to the presence of nutrients, and also a factor that regulates differentiation to metacyclic forms of T. cruzi.

Keywords: Trypanosoma cruzi-vtctor interaction. Xenodiagnosis. Infection resistance factor. Differentiation.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Alvarenga NJ. Development of Trypanosoma cruzi in the vector. Congresso Internacional sobre Doença de Chagas, Rio de Janeiro, p. E3-E5, 1979.         [ Links ]

2. Alvarenga NJ, Brener Z. Development of Trypanosoma cruzi in the vector in the absence of blood. Acta Tropica 35: 315-317, 1978.         [ Links ]

3. Barreto AC, Marsden PD, Cuba CC, Alvarenga NJ. Estudo preliminar sobre o emprego do Dipetalogaster maximus(Uhler, 1894) (Triatominae) na técnica do xenodiagnóstico em forma crônica da doença de Chagas. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 20: 183-189, 1978.         [ Links ]

4. Brener Z. Intraspecific variation in Trypanosoma cruzi: two types of parasitic populations presenting distinct features. PAHO Scientific Publication n.° 347: 11-21, 1977.         [ Links ]

5. Brener Z, Chiari E. Variações morfológicas observadas em diferentes amostras de Trypanosoma cruzi. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 5: 220- 224, 1963.         [ Links ]

6. Dias E. A comparative study of the susceptibility of four natural vectors to experimental development of R. prolixus. III International Congress of Microbiology, New York, p. 421-422, 1940.         [ Links ]

7. Cuba CC, Alvarenga NJ, Barreto AC, Marsden PD, Chiarini C. Nuevos estúdios comparativos entre Dipetalogaster maximus y Triatoma infestans en el xe- nodiagnostico de la infección chagásica crônica humana. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 20: 145-151, 1978.         [ Links ]

8. Marsden PD, Cuba CC, Alvarenga NJ, Barreto AC. Report on a field collection of Dipetalogaster maximus(Hemiptera: Triatominae) (Uhler, 1894). Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 21: 202- 206, 1979.         [ Links ]

9. Melo RC. Distribuição de parasitas intracelulares em animals inoculados com diferentes cepas de Trypanosoma cruzi. Tese. Universidade Federal de Minas Gerais, 1977.         [ Links ]

10. Ryckman RE, Ryckman AE. Epizoothilogy of Trypanosoma cruzi in Southwersten Nort American. Part X. The biosystematics of Dipetalogaster maximus in Mexico (Hemiptera: Reduvidae) (Kinetoplastida: Trypanosomidae). Journal of Medical Entomology 4: 180-188, 1967.         [ Links ]

11. Silva LHP, Nussenzweig V. Sobre uma cepa do Trypanosoma cruzi altamente virulenta para o camundongo branco. Folia Clinica et Biologica (São Paulo) 20: 191- 207, 1953.         [ Links ]

12. Perlowagora-Szumlewicz A, Müller CA. Studies in search of a suitable experimental insect model for xenodiagnosis of host with Chagas’ disease. 1. Com- paratives xenodiagnosis with nine triatomine species of animals with acute infection by Trypanosoma cruzi. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 77: 37-53, 1982.         [ Links ]

13. Sher A, Snary D. Specific inhibition of the morphoge- nesis of Trypanosoma cruzi by a monoclonal antibody. Nature 300: 639-640, 1982.         [ Links ]

14. Urdaneta-Morales S, Rueda IG. Acomparative study of the behavior of Venezuelan and Brazilian strains ofTrypanosoma cruzi in the Venezuelan invertebrate host (Rhodnius prolixus). Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 19: 241-250, 1977.         [ Links ]

15. Zeledón R. Los vectores de la enfermedad de Chagas en America. Simposio Internacional sobre Enfermedad de Chagas, Buenos Aires, p. 327-345, 1972.         [ Links ]

 

 

Recebido para publicação em 3/8/83.

 

 

Centro de Pesquisas René Rachou, FIOCRUZ, CP: 1743 – 30.000 Belo Horizonte – MG. Brasil.