J. C. Bina; Aluizio Prata
RESUMO
Foram tratados com oxamniquine 23 esquistossomóticos com forma hepatosplênica instalada há menos de seis anos. Eles permaneceram na área endêmica, se reinfectaram e foram revistos após 2-4 anos. Houve melhora na evolução da doença em 78,3%. A melhora variou da completa reversão da hepatosplenomegalia (26%) à simples diminuição da esplenomegalia com persistência ou não das lesões nodulares hepáticas. A resposta ao tratamento não foi influenciada pelo número de ovos de S. mansoni ms fezes e nem pela repetição do tratamento. Contudo, os pacientes com idade acima de nove anos responderam melhor ao tratamento.
Na hipertensão porta esquistossomótica, pelo menos na ausência de hemorragias digestivas, o tratamento especifico deve preceder qualquer indicação cirúrgica.
Palavras-chave: Esquistossomose. Oxamniquine. Tratamento. Reversão da hepatosplenomegalia.
ABSTRACT
Twenty three patients with a less than six year history of the hepatosplenic form of schistosomiasis were treated with oxamniquine. They remained in the endemic area, were reinfected and re-examined after 2-4 years. Improvement was noted in 78,3% of the patients. The recovery varied from complete reversion of the hepatosplenomegaly (26%) to a reduction of the splenomegaly with or without persistent hepatic nodular lesions. Response to the treatment was not influenced by the number of S. mansoni eggs in the feces nor by repetitions of the treatment.
In schistosomiasis with portal hypertension, at least in theabsenceofdigestive hemorrhages, specific treatment must preceed any recommended surgery.
Keywords: Schistosomiasis. Oxamniquine. Treatment. Reversion of hepatosplenomegaly.
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text available only in PDF format.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Andrade ZA, Azevedo PB. Evolution of schistosomal hepatic vascular lesions after specific chemotherapy. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 30:1223-1227, 1981. [ Links ]
2. Cameron GR, Bhattacharyya KK. Portal hypertension in experimental schistosomiasis. Jour nal of Pathology and Bacteriology 89:1-12, 1965. [ Links ]
3. Cameron R, Ganguly NC. An experimental study of pathogenesis and reversibility of schistosomal hepatic fibrosis. Journal of Pathology and Bacteriology 87:217-237,1964. [ Links ]
4. Cheever AW, Dewitt WB, Warren KS. Repeated infection and treatment of mice with Schistosoma mansoni: functional, anatomic and immunologic observations. American Journal of Medicine and Hygiene 14:239-253, 1965. [ Links ]
5. Jordan P. Chemotherapy of schistosomiasis. Bulletin New York Academy of Medicine 44:245-258, 1968. [ Links ]
6. Katz N, Brener Z. Evolução clínica de 112 casos de esquistossomose mansoni observados após 10 anos de permanência em focos endêmicos de Minas Gerais. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 8:139-142,1966. [ Links ]
7. Kloetzel K. A suggestion for prevention of severe clinical forms os schistosomiasis mansoni. Bulletin of the World Health Organization 37:686-687, 1967. [ Links ]
8. Kloetzel K. Sobre a conveniência da quimioterapia da esquistossomose em população em contínuo contato com os focos. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 5:106-110, 1963. [ Links ]
9. Prata A. Caracterização da forma hepato-esplênica da esquistossomose. In Prata A & Aboim E. Simpósio sobre Esquistossomose 2o, Salvador, Bahia, Ministério da Marinha/Universidade Federal da Bahia, Clínica de Doenças Tropicais e Infectuosas, p. 179, 1970. [ Links ]
10. Prata A, Andrade Z. Fibrose hepática de Symmers sem esplenomegalia. O Hospital 63:617-623, 1963. [ Links ]
11. Prata A, Bina JC. Development of the hepatosplenic form of schistosomiasis. Gazeta Médica da Bahia 68:49-60,1968. [ Links ]
12. Sadun EH, Lichtenberg F, Cheever AW, Bueding EE, Anderson JS. Effects of chemotherapy on the evolution of Schistosomiasis japonica in chimpanzees. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 23:639-661, 1974. [ Links ]
13. Wairen KS. The influence of treatment on the development and course of murine hepatosplenic schistosomiasis mansoni. Transactions Royal Society Tropical Medicine and Hygiene 56:510-519,1964. [ Links ]
14. Warren KS, Kleine L. Chronic murine hepatosplenic schistosomiasis relative irreversibility after treatment. Transactions Royal Society Tropical Medicine and Hygiene 63: 333-337, 1969. [ Links ]
Recebido para publicação em 5/3/83.
Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da Universidade de Brasília.
Trabalho realizado com o auxílio do CNPq e Ministério da Saúde.