Home » Volumes » Volume 19 Octuber/December 1986 » Xenodiagnóstico artificial “post-mortem” em chagásicos crônicos

Xenodiagnóstico artificial “post-mortem” em chagásicos crônicos

Edison Reis LopesI; Edmundo ChapadeiroI; Zigman BrenerII; José Umberto FrancisconI; Jarbas E. CardosoII; Sheila J. AdadI; Sebastião Tostes JúniorI

IDepartamento de Patologia, Medicina Legal e Deontologia Médica da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais IICentro de Pesquisas René Rachou/FIOCRUZ, Belo Horizonte, Minas Gerais

DOI: 10.1590/S0037-86821986000400011


RESUMO

A fim de obter metodologias que permitam estabelecer, com segurança, o diagnóstico “post-mortem ” da infecção chagásica, adaptou-se o xenodiagnóstico artificial a necropsiados com diferentes tempos de óbito. O testefoi positivo em três (30%) de dez chagásicos autopsiados. O tempo decorrido entre o êxito letal e o início do repasto pelos triatomineos destes chagásicos foi de duas horas, duas horas e quinze minutos e sete horas, respectivamente.
Discutem-se os fatores que podem explicara sobrevivência do Trypanosoma cruzi no hospedeiro morto bem como as aplicações práticas do achado.

Palavras-chave: Doença de Chagas. Trypanosoma cruzi. Xenodiagnóstico.


ABSTRACT

Reliable post mortem diagnosis of Chagas’ disease is highly desirable. Artificial xenodiagnosis was adapted for the human blood collected during autopsies in an attempt to reach thatgoal. The method ivas applied to ten proven chagasics. The test was positive in 3 (30%) of the cases which were autopsied 2, 2 1/4 and 7 hours after death.
The survival of Trypanosoma cruzi in a dead host and the practical use of the findings are discussed.

Keywords: Chagas’ disease. Trypanosoma cruzi. Xenodiagnosis.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Bertelli MS. Influência da temperatura na diferenciação intracelular do Trypanosoma cruzi em cultura de tecido. Tese, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1975.         [ Links ]

2. Bogliolo L. Miocárdio, endocárdio, pericárdio. In: Bogliolo L (ed) Patologia, 3a edição, Guanabara-Koogan, 1982.         [ Links ]

3. Borzone AR. Modificación de Borzone al método de Brumpt. In: Comejo A. Enfermedad de Chagas-Mazza. Xenodiagnóstico. Semana Médica 56:181-183, 1949.         [ Links ]

4. Brener Z. O parasita: relações hospedeiro-parasito. In: Brener A, Andrade Z. (ed). Trypanosoma cruzi e Doença de Chagas, 1a edição, Guanabara-Koogan, 1979.         [ Links ]

5. Brumpt E. O xenodiagnóstico. Aplicação ao diagnóstico de algumas infecções parasitárias e, em particular à tripanossomose de Chagas. Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia 3:97-102, 1914.         [ Links ]

6. Castro CN. Influência da parasitemia no quadro clínico da doença de Chagas, Tese de Mestrado, Universidade de Brasília, 1978.         [ Links ]

7. Chocair PR, Sabaga E, Amato Neto V, Shiroma M, Goes GM. Transplante de rim: nova modalidade de transmissão da doença de Chagas. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 23:280-182, 1981.         [ Links ]

8. Franco EE. Manual Atlas de técnica de las autópsias, 1a edição, Salvat Editores SA. Barcelona, 1929.         [ Links ]

9. Kolodny MH. The effect of envirommental temperature upon experimental trypanosomiasis (Trypanosoma cruzi) of rats. American Journal of Hygiene 32 (section C): 21-23, 1940.         [ Links ]

10. Lopes ER, Chapadeiro E, Batista SM, Cunha Jr JG, Rocha A, Miziara L, Ribeiro JU, Patto RJ. “Post- mortem” diagnosis of chronic Chagas’ disease: comparative evaluation of three serological tests on pericardial fluid. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 72: 244-246, 1978.         [ Links ]

11. Lopes ER, Chapadeiro E, Andrade ZA, Almeida HO, Rocha A. Anatomia patológica de corações de chagásicos assintomáticos falecidos de modo violento. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 76:189-197, 1981.         [ Links ]

12. Lopes ER, Pereira MES, Moraes C, Krettli AU, Brener Z. Anticorpos líticos detectados em líquido pericárdico de chagásicos crônicos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 17:127-131,1984.         [ Links ]

13. Nicolle P, Mathis M. Le thermotropisme, facteur déterminant primordial pour la picure des Réduvidè hématophages. Compte Rendu Societé de Biologie 135:25-27, 1941.         [ Links ]

14. Nussenzweig V, Sonntag R. Xenodiagnóstico artificial. Novo Processo. Primeiros resultados positivos. Revista Paulista de Medicina 40:41-43, 1953.         [ Links ]

15. Romana C, Gil L. Xenodiagnóstico artificial. Anales del Instituto de Medicina Regional 2:57-60, 1947.         [ Links ]

16. Schenone H, Alfaro E, Rojas A. Bases y rendimiento del xenodiagnóstico en la infección chagásica humana. Boletín Chileno de Parasitología 29:24-26, 1974.         [ Links ]

 

 

 Endereço para correspondência:
Dr. Edison Reis Lopes
Dept.° de Patologia
Medicina Legal e Deontologia Médica da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
38100
Uberaba, Minas Gerais, Brasil.

 

 

Recebido para publicação em 25/3/1986.

 

 

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIDE V).