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Moluscos vectores da esquistossomose mansônica no lado leste do Rio São Francisco, no Estado da Bahia*

Air Colombo Barretto; Cleudson N. Castro; Philip P. Marsden

Do Núcleo de Medicina Tropical, Universidade de Brasília, D.F.

DOI: 10.1590/S0037-86821981000100010


RESUMO

Pela primeira vez foi realizado um levantamento malacológico de espécies vectoras de Schistosoma mansoni na região do lado Oeste do Rio São Francisco, no Estado da Bahia. Observou-se que nas áreas onde a única espécie encontrada foi B. straminea, a esquistossomose não constitui um problema médico. Entretanto, nas áreas onde foi coletado B. glabraata, além de B. straminea, a esquistossomose se apresenta com características de alta endemicidade. A ausência de moluscos, apesar da abundância de água, foi observada em extensas áreas, quase despovoadas. Esse quadro poderá se modificar em futuro bem próximo, devido â construção de novas estradas, bem como pela implantação de projetos de irrigação. Baseados nos presentes resultados e, em dados da literatura, os autores correlacionam a distribuição geográfica das espécies vectoras com a endemicidade da esquistossomose no Brasil.


ABSTRACT

Snail vectors of Schistosomiasis mansoni west of the San Francisco River, State of Bahia, were surveyed for the first time. In areas where the only vector found was Biomphalaria straminea, Schistosomiasis does not appear to be a medical problem. However, in areas where B. glabrata was collected, in addition t B. straminea, schistosomiasis was highly endemic.
In spite of an abundance of surface water, no sanils were found in sparsely populated areas. This could change as a result of proposed schemes of new roads and irrigation systems.
The results presented here have been combined with previously data in order to demonstrate a correia tion between the geografic distribuition of different species of snail vectors and the endemicity of schistosomiasis mansoni throughout Brazil.


 

 

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Recebido para publicação em 21.06.78.

 

 

* Trabalho realizado no Núcleo de Medicina Tropical, Universidade de Brasília, com auxílio do CNPq e Ministério da Saúde.