Carlos VinhaI; Maria Regina de Souza MartinsII
IMédico Sanitarista — Sucam — Min. da Saúde IIMédico
RESUMO
Na Ilha do Governador, R.J., uma pesquisa de 1977—79, em 25 escolas municipais, 2 particulares e 1 colônia de férias conseguiu levantar a incidência de parasitoses intestinais em 7.507 crianças. Verificou um parasitismo global de 60.7%; a ascaríase em 29.2% dos examinados; tricuríase em 37.3%; giardíase em 8.4%, com ampla variação de escola para escola, em consonância com a localização, clientela (proximidade de áreas faveladas), conjuntos habitacionais, colônias de pescadores etc. Os Aa nessa pesquisa pessoal, particular, voluntária procuram chamar a atenção das autoridades de saúde pública, educacionais e órgãos ligados á nutrição sobre as possobilidades de serem criados programas e campanhas destinadas a reduzir, eliminar, controlar, equacionar essas questões, que afetam sobretudo a criança em fase de desenvolvimento físico e mental. Sugerem os Aa que uma parte das disponibilidades utilizadas na suplementação alimentar aos escolares, se não houver outro meio de autonomia, seja empregado para o diagnóstico e tratamento dos parasitados nas comunidades consideradas prioritárias para este tipo de campanha de massa, dado que o parasitismo intestinal prejudica sensivelmente e especialmente o desenvolvimento hamônico das crianças alta e cronicamente infectadas, prejudicando-as em seu desenvolvimento físico e mental, aproveitamento nos estudos, lesando-as muita vez para toda a vida. A alta eficácia dos antelmínticos e parasiticidas específicos (contra a ascaríase por ex) e os antianêmicos (sais ferrosos) permite viabilizar campanhas de massa. A formação de um voluntariado em uma campanha com essa característica, nos moldes da realizada no Japão contra a ascaríase, deveria ser tentada e estimulada. Essa campanha ou campanhas deveriam começar pelas escolas e prosseguir atendendo os pré-escolares.
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Recebido para publicação em 16.2.1979.