Vicente Amato NetoI; Yvone Khairallah de Oliveira e SilvaII; Sélia Reiko KonichiII
IDiretor do Serviço de Doenças Transmissíveis IIMédica do Serviço de Doenças Transmissíveis
RESUMO
Analisaram os autores aspectos relativos à febre em casuística constituída por 100 pacientes, de ambos os sexos e diversas idades, acometidos de toxoplasmose adquirida, forma linfoglandular. Paralelamente, outras manifestações clínicas da doença foram consideradas.
Como fatos fundamentais apuraram que hipertermia não faz parte, de maneira constante, da configuração clínica da citada modalidade da protozoose. Ela esteve ausente em pelo menos 27% dos indivíduos computados no estudo e, quando notada, persistiu em geral durante período não superior a um mês e menos do que algumas outras queixas, tendo comumente demonstrado predomínios vespertinos.
A constatação referente à fase de permanência das elevações térmicas encerra significado prático, sobretudo na tentativa de elucidação de processo mórbido qualificado como febre de origem indeterminada, pois deve limitar, muitas vezes, interpretações não coerentes com o fato verificado.
ABSTRACT
In this paper the authors analyze several aspects related to fever in 100 patients, of both sexes and different ages, bearers of acquired toxoplasmosis, lymphadenopathic form. Simultaneously, other clinical manifestations of the disease were considered as well.
As basic finding the authors observed that fever was not at all a constant sign in the clinical picture of the said form of the disease. It was absent in at least 27% of the studied patients; when present, it lasted in general for a period of time not longer than one month and less than some other symptoms. Usually, fever was higher in the afternoon.
The facts above are of practical importance, and should be taken into account whenever a discussion on differential diagnosis of fever of unknown origin is under consideration.
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Recebido para publicação em 11.4.73.
Trabalho do Serviço de Doenças Transmissíveis, do Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, de São Paulo (Diretor: Prof. Vicente Amato Neto).