Home » Volumes » Volume 8 September/Octuber 1974 » Análise da positivação do teste tuberculínico, após administração da vacina BCG, pela via oral, a crianças sadias *

Análise da positivação do teste tuberculínico, após administração da vacina BCG, pela via oral, a crianças sadias *

Yvone Khairallah de Oliveira e Silva I; Vicente Amato NetoII; Henrique FingerIII; Alois BianchiIV; Bruno Soerensen CardozoV; Jandira Planet do Amaral VI; Mozart Tavares de Lima FilhoVII; Norberto Vicente de Oliveira NetoVIII

IMédica do Serviço de Doenças Transmissíveis IIDiretor do Serviço de Doenças Transmissíveis IIIMédico-chefe do Setor de Vacinação, do Serviço de Doenças Transmissíveis IV Médico-chefe da Secão de Imunização, do Serviço de Doenças Transmissíveis VDiretor da Divisão de Microbiologia e Imunologia, do Instituto Butantan VI Diretora do Instituto Butantan VII Diretor do Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório VIII Médico-chefe do Setor de Doenças do Aparelho Respiratório, do Serviço de Pediatria

DOI: 10.1590/S0037-86821974000500005


RESUMO

Efetuaram os autores teste tuberculínico, com PPD (RT 23), 10 UT, em 3.6S4 crianças sadias, que receberam, pela via oral, em três oportunidades separadas por intervalos de um mês, vacina BCG líquida ou liofilizada e placebo representado por preparação sem bacilos. Dois grupos foram basicamente estabelecidos, tendo os limites etários correspondido a noventa dias em um deles e a essa idade e quinze anos no outro. Considerando os módulos com tamanhos superiores a cinco milímetros, observaram taxas de positividades de 37,6% e 21% relativamente aos indviduos separados da maneira citada e em avaliações levadas a efeito no máximo nove meses depois, mas as cifras pertinentes ao produto isento de bacilos álcool-ácido-resistentes e ao submetido à liofilização mostraram-se expressivamente menores.

Valorizada somente a alergização, as percentagens indicadas e não desprezíveis atestaram a ocorrência de destacada absorção, sobretudo ao ser levado em conta o sucedido quanto às pessoas de menores idades.


SUMMARY

Oral BCG vaccine, either liquid or liophyllized, or a placebo was administered in three monthly doses to 3,684 healthy children. The study population was divided in two great groups, one to ninety days of age and the other from nine y days to jifteen years of age. A tuberculin test, with PPD (RT 23), 10 TU, was performed up to nine months later on each child, corsidering a nodule layer than five millimeters as a positive test. A positive incidence of 37.6% and 21% was found for the younger and the older age groups, respectively, who reccived liquid BCG. The children who took liophyllized BCG or placebo showed significantly smaller incidences.

If allerginization moy be valued, then it can be seen that there is significant absortion, especially in the younger subjects.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AMATO NETO, V. , SILVA, Y. K.O. . FINGER, H. , BIANCHI, A. , AMARAL, J. P. , CARDOZO, B. S. . LIMA FILHO, M. T. & OLIVEIRA NETTO, N. B. – Análise das manifestações colaterais decorrentes da administração da vacina BCG, pela via oral, a 5 579 crianças sadias. Rev. Paul. Med. , 82: 135-138, 1973.         [ Links ]

2. ASSIS. A. – Vaccination cancomitante au PCG des nouveau-nés et son influence sur la tuberculose infantile. Hospital (Rio), 44: 305-316, 1953.         [ Links ]

3. ASSIS, A. – Passado, presente e futuro da vacinação BCG. Rev. Serv. Nac. Tuberc. , 8: 7-30, 1964.         [ Links ]

4. BERNARD, E. – Sur la vaccination BCG par voie buccale. Rev. Tuberc. Pneumol. (Paris), 25: 485-528, 1961.         [ Links ]

5. ROSEMBERG, J. – Posição da vacina BCG na profilaxia da tuberculose. Rev. Brasil. Tuberc. , 14: 121-174, 1945.         [ Links ]

6. ROSEMBERG, J. – Present status of the oral BCG vaccination. Hospital (Rio), 42: 15-30, 1952.         [ Links ]

7. ROSEMBERG, J. & PASSOS FILHO, M. C. R. – Vacinação BCG pela técnica oral. A propósito da “Revisão crítica das pesquisas sobre vacinação com BCG oral” da Unidade de Tuberculose da Divisão de Doenças Transmissíveis da OMS. Hospital (Rio), 78: 89-162, 1970.         [ Links ]

8. STOPPELMAN, M. R. H. & DRION, E. F. – Complications of intracutaneous BCG vaccination in newborn infants. A survey 3 1/2 years after the vaccinations. Acta Paediat. , 47: 65-75, 1958.         [ Links ]

 

 

Recebido para publicação em 21-6-1974

 

 

* Trabalho do Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira” (Serviços de Doenças do Aparelho Respiratório, de Doenças Transmissíveis e de Pediatria) e da Secretaria de Estado da Saúde (Instituto Butatan), de São Paulo, Brasil.