Home » Volumes » Volume 3 November/December 1969 » Comportamento da anemia e eosinofilia nas infestações por nematelmintos em crianças internadas na 5.a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira

Comportamento da anemia e eosinofilia nas infestações por nematelmintos em crianças internadas na 5.a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira

Márta Maria BozótiI; Jaime AnbinderI; Ana Lúcia Pinto Marques PinaI; Aguinaldo N. MarquesII

IDoutorandos-estagiários do Instituto Fernandes Figueira IIPediatra da 5a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira

DOI: 10.1590/S0037-86821969000600005


RESUMO

1) A incidência de exames coprológicos positivos para helmintos foi de 64.6% em crianças de baixo nível sócio-econômico procedentes do Estado da Guanabara e vizinhanças e internados no Instituto Fernandes Figueira devido a diversas entidades nosológicas.
2) Das crianças com exames positivos, 50,77% eram infestados por áscaris, 45% por tricuris, 13,84% por ancilóstoma e/ou necator, 18,56% por estrongilóides e 0,77% por esquistossoma. Não foram computados as infestações por oxiuros.
3) A ausência de casos de teníase provavelmente deve-se à alimentação carente em carnes.
4) As parasitoses mais freqüentes eram a ascaridíase e a tricuríase, isto é, as adquiridos por via digestiva.
5) O componente melanodérmico da amostra mostrou-se mais susceptível ao parasitismo que o leucodérmico, sendo o faiodérmico de susceptibilidade intermediária.
6) Os lactentes apresentam menor incidência de parasitismo que os grupos etários mais avançados (diferença estatisticamente significante), embora haja presença a de helmintíases graves em lactentes do grupo.
7) Mesmo em se tratando de crianças de nível sócio-econômico baixo e de precárias condições nutritivas, que predispõem à anemia, o grupo com exames de fezes positivos para nematelmintos apresenta uma incidência de diversos tipos de anemia maior que o grupo com exames de fezes negativos para helmintos (diferença estatisticamente
significativa).
8) Alta incidência de estrongiloidíase na amostra.
9) Foi estudado o comportamento da eosinofilia em crianças com exames de fezes negativos, com exames positivos para nematelmintos e especial atenção foi dada à eosinofilia em lactentes de 0 a 1 ano.


ABSTRACT

Incidence of helminthes and effects of nemathelminthes on anemia and eosinophilia with special attention to low-aged infants is presented in a sample of children intemed in the 5.a Enfermaria de Clínica Pediátrica do Instituto Fernandes Figueira Rio de Janeiro, Brazil.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1. BARCELLS, A. – La Clínica y el Laboratorio, Ed. Marín, 7.a ed., 1969, p. 154.         [ Links ]

2. GOULART. E. G. – Freqüência dos Enteroparasitos na Infância, em Áreas Urzanizadas e não Urbanizadas (Favelas), no Estado da Guanabara, Tese de Doutoramento, FNFUB.         [ Links ]

3. HUGGINS, D. & MEDEIROS, J. – Ancilostomíase e Síndrome de Má-absorção, J. Bras. Med. 11(1) :183, 1966.         [ Links ]

4. JANNINI, P., – Interpretação Clínica do Hemograma, Graf. S. José         [ Links ].

5. KOTCHER, E., HUNTER, G. W., VILLAREJOS, M., SCHWARTZWELDER, J. C. & PAYNE, F. E. – Estudos Epidemiológicos sobre Cuatro Nematodos Intestinales Transmitidos por el Suelo en Costa Rica, Bol. de Oficina Sanit. Panamer, 63(5): 420, 1967.         [ Links ]

6. MARQUES, A. M., REBELLO, E. & SNITKOWSKY, N. – A Freqüência das Helmintoses do Instituto Fernandes Figueira, O Hospital, 70(6): 1617, 1966.         [ Links ]

7. MARQUES, A. N., SNITKOWSKY, N. & SOBRAL, M. C. – Tricuríase Retal, O Hospital, 74(2) :243, 1968.         [ Links ]

8. MORAES, R. G., – Trabalho Pilôto sôbre a Epidemiologia das Parasitoses Intestinais, Arq. Bras. Med., 54(3) :215, 1967.         [ Links ]

9. MORAES, R. G., – Contribuição da Hematologia para o Diagnóstico das Helmintoses, Conferência, Cad. D. Trop. FEMCRJ, agô. 1967.         [ Links ]

10. MORAES, R G., – Um Estudo sôbre a Eosinofilia nas Helmintoses, Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2,4): 169, 1968.         [ Links ]

11. NAVEIRA, J. B., CAMILLO-COURA, L., MOTTA, J. B. B. & SILVA. J. R., – Inquérito Hematológico em 100 Crianças da Fundação Romão de Mattos Duarte, Estado da Guanabara, Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 1(5): 261, 1967.         [ Links ]

12. PESSOA, S. B. – Parasitologia Médica, Livr. Ed. Guanabara Koogan, Guanabara, 6.a ed. 1963.         [ Links ]

13. RITTER, M. – Diagnóstico Diferencial das Anemias Hipocrômicas Microcíticas, F. Med., 52(2) :113, 1966.         [ Links ]

14. RODRIGUES, Y T. – Estrongiloidíase na Infância, Trib. Med., 311:18, 1966         [ Links ]

15. SIFFERT, G. & BHERING, R. B. – Aspectos Clínicos da Ascaridose, Rev. Bras. Med., 23(11) :798, 1966.         [ Links ]

16. SOUZA, J. N. B., – Ação Espoliativa da Infestação Ancilostomótica e da Carência Protêica no Agreste de Pernambuco, Rev. Bras. Med., 23(3) :164, 1966.         [ Links ]

17. ZACHARIAS, N. M., GONÇALVES, R. R., PENTEADO, J. F. & CARVALHO, P. R., Incidência das Helmintoses e Protozooses na Previdência Social, O Hospital, 72(1): 259, 1967.         [ Links ]

 

 

Trabalho da 5a Enfermaria do Instituto Fernandes Figueira (Ministério da Saúde).