Léa Camillo V. Coura I; Adelina de S. Velho Soli II; João Batista Ramos III; J. Rodrigues Coura IV
I Fac. de Medicina da U.F.R.J. e Bolsista do Conselho de Pesquisas da U.F.R.J IIAuxiliar de Ensino da Faculdade de Medicina da U.F.R.J III Responsável pelo Laboratório de Microbiologia da Clínica de Doenças Infectuosas e Parasitárias da Fac. de Medicina da U.F.R.J IVProfessor Regente das Clínicas de Doenças Infectuosas e Parasitárias da Fac. de Medicina da U.F.R.J. e da Fac. de Medicina da U.F.K
RESUMO
Os autores apresentam a sua experiência com um nôvo antibiótico de ação prolongada quando injetável – o Laurilsulfato de Tetraciclina. O medicamento foi usado em 30 pacientes; 16 com diversas entidades infecciosas nos quais a droga foi usada por via intramuscular em 15 dêles, e 14 outros portadores de germes patogênicos (Streptococcus beta haemolyticus) do orofaringe, em que o medicamento foi usado por via oral na tentativa de erradicação desses germes.
A medicação injetável foi usada em doses variáveis de 5 a 15mg/kg/dia, em uma ou duas aplicações diárias durante 4 a 14 dias de acôrdo com a gravidade e tipo da infecção. Os portadores de germes no orofaringe (crianças de 6 a 11 anos) foram tratados com o medicamento, por via oral, na dose aproximada de 10 mg/kg/dia durante 10 dias.
O medicamento foi bem tolerado, referindo-se apenas dor no local da injeção e um caso de manifestação cutânea (rash) relacionados com o emprêgo da droga.
Baseados nestes estudos, os autores concluem que a Lauraciclina apresenta-se com o mesmo espectro de ação das demais tetraciclinas, com a possibilidade de aplicação a intervalos maiores devido à sua ação prolongada.
SUMMARY
The results of the treatment of some infectious diseases with laurilsulphate tetracycline a long acting tetracycline, are reported 16 patients suffering from several infectious diseases were given 5 to 15 mg/kg/day parenterally once or twice a day for four to 14 days (according to the type and severity of the diseases). 14 children considered as Streptococcus carriers were given 10 mg/ kg/day orally for 10 days.
Tolerance to the drug was good. Most of the patients complained of a slight pain on the site of injection. One patient with leptospirosis had a generalized cutaneous rash which could also been caused by the disease.
The authors conclude that laurilsulphate tetracycline has the same spectrum of other tetracylines, with the possibility of being administered at longer intervals.
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text available only in PDF format.
BIBLIOGRAFIA
1. ALARCOS LLORACH, A., HILANDERAS SANCHEZ, J., PÉREZ HERREZUELO, F. & GONZALEZ, M. – Ex- periencias clínicas con laurilsulfato de tetraciclina (Lauraciclina). Sep. do Münch. Med. Woch., ed. esp., n.° 12, 832-840, 1966. [ Links ]
2. CAMPONES GALLEGO, E., SALLENT, J. A.. PÉREZ MOTA, A , & IZQUIERDO, M. – Investigación clínica sôbre eliminación biliar del laurilsulfato de tetraciclina (LH-90). – Sep. do Med Klin., ed. esp.. n.° 67, 76-81, 1967. [ Links ]
3. COURA. J R., CAMILLO-COURA, L.. LOURENÇO, N. J. & RODRIGUES DA SILVA, J. – Experiências terapêuticas com a alfa-6-deoxi-5-oxitetraciclina (Doxiciclina) – um novo antibiótico de largo espectro. – Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 1: 137, 1967. [ Links ]
4. EDELWEISS, E., MARTINS, S. M. & MILHELM, A. R. – Estudo sôbre o tratamento de algumas infecções com laurilsulfato de tetraciclina. – Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 2: 29-85, 1968. [ Links ]
5. Estudo farmacológico de la substância de sintesis. Informações Científicas do Departamento de Investigações do Laboratório Hosbon S.A. [ Links ]
6. FOZ, M.. REY. C & IZQUIERDO, M. – Estudio clinico y de concentraciones hiemáticas del Laurilsulfato de tetraciclina – Munch. Med. Wosch. 10: 754-761, 1966. [ Links ]
7. GONZÁLEZ Y GONZÁLEZ, J. A. & RUBIO CLEMENTE, F. – Ensayo clínico com laurilsulfato de tetraciclina en infecciones urinarias y dei aparato respiratorio. – Sep. do Med. Klin., ed. esp., n.° 69, 88-96, 1967. [ Links ]
8. IZQUIERDO, M., FELIU, M, JURADO, A. & FOLCH, C. – Un nouveau derivé de la tetracycline à absorption prolongée. – Chim. Ther., 5 (6): 314-319, 1966. [ Links ]
9. IZQUIERDO, M, SALA, J. M., GONALOAS, E., JURADO, A. & REY BARROSO, C. – Absorcion por via oral de una nueva sal de tetraciclina: laurilsulfato de tetraciclina. – Comunicação à X Reunião da Sociedade Espanhola de Ciências Fisiológicas Valência 1967. [ Links ]
10. TIRIBA, A. C., GODOY, C. V. F., J., JORDÃO, F. M. & PENHA, D. O. – Febre maculosa em São Paulo. – Resultados terapêuticos de alguns casos com laurilsulfato de tetraciclina. – Rev. Inst. Med. Trop. de São Paulo, 10 : 256, 1968. [ Links ]
* Trabalho da Clínica de Doenças Infectuosas e Parasitárias da Fac. de Medicina da U.F.R.J. e da Clínica de Doenças Infectuosaso Parasitárias da Fac. de Medicina da U.F.F., apresentado ao V Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, São Paulo, 23 a 26 de fevereiro de 1969.
