Home » Volumes » Volume 4 July/August 1970 » Incidência da cardiopatia chagásica em 15.000 necrópsias consecutivas e sua associação com os «megas»

Incidência da cardiopatia chagásica em 15.000 necrópsias consecutivas e sua associação com os «megas»

A. J. A. BarbosaI; J. E. H. PittellaII; W. L. TafuriII

I(Prof. L. Bogliolo) da Faculdade de Medicina da UFMG. Bolsistas da CAPES IIProf. Adjunto

DOI: 10.1590/S0037-86821970000400001


RESUMO

Os AA. estudaram, a incidência da cardiopatia chagásica em 15.000 necrópsias consecutivas e sua associação com os megas.
Em 875 cardiopatias chagásicas houve 145 casos de megas, ou seja, 16,56%, com predominância do sexo masculino. No branco houve maior incidência (55) de megas do que no mulato (53) e no negro (31) dentre 858 cardiopatias chagásicas. Em 848 cardiopatias chagásicas, 85,78% eram de indivíduos que faleceram entre 21 e 60 anos. O maior número de cardiopatias (120 ou 14,14%) e de “megas” (21 ou 15,78%) foi encontrado nos indivíduos entre 36 a 40 anos. Os nossos resultados mostram uma incidência diferente da associação cardiopatia-mega, em comparação da observada em outras regiões do País e em outros países da América do Sul.


ABSTRACT

The authors studied the incidence of chagasic cardiopathy in 15.000 consecutive necropsis and its asscciation with “megas”.
There were 145 ocurrences of “megas” out of 875 chagasic cardiopathy (16.56 %) with the proininence of males. There was a greater incidence of “megas” in whites (55) rather than in mulattos (53) and in negroes (31) among 858 chagasic cardiopathy. In 848 chagasic cardiopathy, 85,78% were people who died between 21 and 60 years of age. The greatest number of cardiopathy (120 or 14.14%) and “megas” (21 or 15,78% ) was found in individuals from 36 to 40 years of age. These results show a different incidence of associated cardiopathy and megas in comparison loith those observed in other parts of the country and other countries in South America.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1. — BAISTROCCHI, J.D. — Megacolon: su tratamiento. El Dia Médico. 17: 476-478, 1945.         [ Links ]

2. — BRANT, T. C.; LARANJA, F, S.: BUSTAMANTE, F.M. & MELO, A.L. — Dados serológicos e eletrocardiográficos obtidos em populações não selecionadas de zonas endêmicas de Doença de Chagas no Estado do Rio Grande do Sul, Rev. brasil, malariol. doenças trop. 9: 141-147, 1957.         [ Links ]

3. — BRANT, T.C. — Razões para nova orientação nas pesquisas sóbre doenças de Chagas no Estado do Rio Grande do Sul. Rev. brasil, malariol. doenças trop. 18: 105-112, 1966.         [ Links ]

4. — CHAPADEIRO, E.; LOPES, E. R.; MESQUITA, P.M. de & PEREIRA, F.E.L. — Incidência de “megas” associados à cardiopatia chagásica. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo. 6: 287-291, 1964.         [ Links ]

5. — DOEHNERT, H.R. & MOTTA, G. — Enfermedad de Chagas y miocarditis crônica. Archivos venezolanos de medicina tropical y parasitologia medica. Vol. V (1): 123-150, 1965.         [ Links ]

6. — JAFFÉ, R. — Über Befunde an den Herzganglien bei Chagas-Myokarditis. Klin. Wschnschr. 39: 1083-1084, 1961.         [ Links ]

7. — KoBERLE, F. — Patologic anatomy of enteromegaly in Chagas disease. Meeting of the Bockus Alumni International Society of Gastroenterology. 2: 92-110, 1962.         [ Links ]

8. — NICOLA, C.P. — El Megasigma. El Dia Médico. 20: 1125-1128, 1948.         [ Links ]

9. — PRATA, A. — Relação etiológica entre doença de Chagas e megaesôfago. Anais do Congresso Internacional sôbre a Doenca de Chagas. 4: …. 1316-1336, 1963.         [ Links ]

10. — RAMOS, J. — Moléstia de Chagas. Hospital (Rio de Janeiro). 58: 9-28, 1960.         [ Links ]

11. — ROMANA, C.; TORRES, A. & TORNICO, R.A. — In Ramos, 1960.         [ Links ]

12. — SILVA, L.H.P. da & NUSSENWEIG, V. — Sôbre uma cêpa de Trypanosoma cruzi altamente virulenta para o camundongo branco. Folia Clinica et biol. 20: 191-207, 1953.         [ Links ]

13. — TAFURI, W.L. & BRENNER, Z. — Lesões dos plexos de Meissner e Auerbach do intestino do camundongo albino na fase crônica da Tripanosomíase cruzi experimental. Rev. Inst. Med. trop. São Paulo. 9: 149-154, 1967.         [ Links ]

 

 

Recebido para publicação em 3/3/70.

 

 

Trabalho do Departamento de Anatomia Patológica.