Home » Volumes » Volume 4 September/Octuber 1970 » O pêso do coração em chagásicos crônicos

O pêso do coração em chagásicos crônicos

J. E. H. PitellaI; A. J. A. BarbosaI; W. L. TafuriII; E. ChapadeiroIII

IBolsistas da CAPES IIProf. Adjunto e Chefe de Pesquisa do CNPq IIIProf. Titular da Cadeira de Patologia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (Uberaba)

DOI: 10.1590/S0037-86821970000500001


RESUMO

Os AA. estudaram o pêso do coração em 740 chagásicos crônicos. O pêso do coração de indivíduos que faleceram com e sem I. C. C. e sem “megas” variou de 100 a 1.075 g. O maior número (564) era de corações com I. C. C. e pesavam entre 201 e 800 g, e apenas 45, sem I. C .C., pesavam entre 151 e 500 g.
O peso do coração de indivíduos que faleceram com e sem I. C. C. mas com “megas” variou de 100 a 750 g. O maior número de corações com (39) e sem (60) I. C. C. pesou entre 101 e 450 g.
O pêso médio dos corações chagásicos (740) foi de 435 ±5,6 g. Já o pêso médio dos corações chagásicos com e sem I. C. C., sem “megas’ foi de 479±5,6 g e o pêso médio dos corações com e sem I. C. C. e com “megas” foi de 314±12,6 g. A análise estatística aplicada demonstrou haver diferença significativa en¬tre as duas médias.
A hipotrofia constatada nos corações de indivíduos portadores de “megas”, especialmente de megaesôfago, está relacionada com o estado de desnutrição e não com a idade.


ABSTRACT

The authors have studied the weight of the heart in 740 chronic chagasic. The weight of the heart of people who died with or without congestive heart failure has varieã from 100 g to 1.075 g. The largest number (564) of those hearts were hearts with congestive heart failure and they weighed between 201 g and 800 g, but only 45 hearts which had no congestive heart failure weighed between 151 g and 500 g.
The weight of the heart of people who died with or without congestive heart failure but with “megas” has varied from 100 g to 750 g. The largest number of hearts with congestive heart failure (39) and without congestive heart failure (60) weighed between 101 g and 450 g.
The medium weight of chagasic hearts (740) was 453±5.6 g. On the other hand, the medium weight of chagasic hearts with or without congestive heart failure and without “megas” was 479 ±5.6 g and the medium weight of hearts with or without congestive heart failure but with “megas” was 314±12.6 g. The statistical analysis used on this purpose has shown a significant difference between the two averages.
The atrophy observed in the hearts of people with “megas” and especially of megaesofagus is connected with their malnutrition state and not with their age.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1. ANDRADE. Z. A. e ANDRADE, S. G. — O coração nos “megas” do aparelho disestivo. O Hospital. 71: 719-726, 1967.         [ Links ]

2. DOEHNERT, H. R. e MOTTA, G. — Enfermedad de Chagas y miocarditis crônica. Arch. Venez. de Med. Trop. y Parasit. Medica. Vol. V (1) : 123- 150, 1965.         [ Links ]

3. FRANCO, E. E. — Manual atlas de las autópsias. Salvat Edit., S. A. Barcelona, 1.a ed., 1929.         [ Links ]

4. LOPES, E. R.; CHAPADEIRO, E.; TAFURI, W. L.; ALMEIDA, H. O. e ABRÃO, D. — Pêso do coração e tipo de morte no chagásieo crônico. (Em publicação), 1970.         [ Links ]

5. MIGNONE, C. — Alguns aspectos da anatomia patológica da cardite chagásica crônica. Tese Prof. Catedr. de Anat. Patol. da Fac. Med. da Univ. S. Paulo. 238 pp., 1958.         [ Links ]

6. RASO. P. — Contribuição ao estudo da lesão vorticilar (especialmente do vórtex esquerdo) na cardite chagásica crônica. Tese Livre-Docência de Anat. Patol. da Fac. Med. da Univ. Fed. M. G.; Imprensa da Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte, 124 pp., 1964.         [ Links ]

7. TAFURI, W. L. e CHAPADEIRO, E. — O pêso do coração no brasileiro adulto normal. O Hospital. 70: 141- 151, 1966.         [ Links ]

 

 

Recebido para publicação em 30.3.70.

 

 

Trabalho do Departamento de Anatomia Patológica (Prof. L. Bogliolo), da Faculdade de Medicina da UFMG.