Home » Volumes » Volume 5 January/February 1971 » Symptomless Plasmodium vivax parasitemias and malaria eradication in Santa Catarina State, Brazil

Symptomless Plasmodium vivax parasitemias and malaria eradication in Santa Catarina State, Brazil

S. Avery JonesI; Joaquim Alves Ferreira NetoII

IFormerly of WHO/PAHO Malaria Eradication Project Brazil-24 IIOf the Campanha de Controle e Eradicação da Malária, Federal Government of the United States of Brazil

DOI: 10.1590/S0037-86821971000100003


ABSTRACT

Thirty-nine symptomless carriers of P. vivax parasites in the blood gave blood films at monthly intervals for four to six months during the non- transmission season. It was found that parasitaemias can continue for many months.
Thirteen of those studied relapsed with symptoms and were treated with chloroquine at a dosage of 600 mg for adults with proportionate doses for children. Of these nine relapsed silently while under observation: a symptomless relapse rate of approximately 70 per cent.
One case had symptoms attributable to malaria close to the time of the original survey (the day before). Of the remaining 38 asymptomatic parasite carriers four showed microgametocytes in a density that suggested a potentially high infectivity and six showed microgametocytes in a density suggesting a potentially low to moderate infectivity for mosquito vectors.
There was thus a proportion of one smptomatic case of malaria to 10 potentially infective symptomless parasite carriers.
Because they feel no need to seek treatment, such persons may form an important reservoir of infection when vectors cannot be fully controlled by spraying. Some possible methods of dealing with such situations are discussed.


RESUMO

Até 1948, quando foi aplicado um método que associava a pulverização das casas com DDT e a instalação de postos de tratamento em tôdas as escolas rurais, o litoral do Estado de Santa Catarina, no Brasil, foi altamente malarígeno. A aplicação dessas medidas provocou o desaparecimento das infecções por P. falciparum e por P. malariae, cujos últimos casos autoctones datam, respectivamente, de 1956 e 1951. Entretanto, na parte setentrional dêsse território, as infecções por P. vivax permaneceram com endemicidade elevada.
O presente trabalho expõe os resultados dos inquéritos feitos com a finalidade de encontrar reservatórios inaparentes, entre os habitantes que não procuravam tratamento. Tôdas as casas foram visitadas e, com exceção das crianças de menos de três meses, foram tomadas gotas espessas de sangue de tôda a população acessível (1144). Os indivíduos portadores de parasitas foram controlados, por visitas mensais ao domicílio, de junho a dezembro de 1962, até o aparecimento dos sintomas.
Trinta e nove portadores assinto.máticos de P. vivax foram acompanhados durante quatro a seis meses, fora da época de transmissão; o exame mensal das gotas espessas mostrou que a parasitemia pode perdurar por vários meses.
Em treze indivíduos observou-se uma recaída com sintomas. Todos êsses casos foram tratados com cloroquina (600mg para os adultos e doses proporcionalmente reduzidas para as crianças) e, dentre eles, nove tiveram recaídas assintomâticas durante o tempo de observação, o que dá um índice de recaídas assintcmáticas de cêrca de 70%.
Um dêsses indivíduos apresentou sintomas atrabuíveis ao paludismo em data muito próxima do inquérito inicial (na véspera). Dentre os outros trinta e oito portadores assintomáticos de parasitas, a densidade de microgametócitos fazia supor que o potencial de infectibilidade para os mosquitos vetores, eta alta em quatro casos e fraca ou moderada em seis.
Haveria assim, dez portadores assintomáticos potencialmente infectantes, para cada caso de malária sintomática. Tendo-se em conta o fato de que, na área estudada, as pulverizações não são capazes de eliminar totalmente a transmissão do paludismo, as pessoas que se encõntram nessas condições, sem sentir necessidade de procurar tratamento, podem constituir uma fonte ãe infecção importante. Torna-se, portanto, necessário procurar métodos que permitam contornar essa situação.


RESUMÉ

La zone côtière de l’Etat de Santa Catarina, au Brésil, a été fortement impaludée jusq’au moment où l’on a appliqué une méthode associant les pulvérisations de DDT et l’organisation du traitement áans toutes les écoles rurales. Ces mesures ont eu pour résultat la disparition des infections à P. falciparum et à P. malariae, dont les derniers cas indigènes signalés remontent à 1956 et 1951 respectivement. Cependant, l’infection à P. vivax a gardé un degré élevé d’endémicitê áans la pariie septentrionale du territoire.
Le document WHO/Mal/469 expose les résultats des enquêtes que l’on a faites pour déterminer s’il existait des réservoirs dissimulés d’infection parmi les habitants qui ne s’étaient pas présentés pour se faire traiter. Des tournées porte à porte ont été organisées et l’on a fait sur toute la population accessible (1144), à l’exception des enfanis de moins de trois mois, des prises de sang pour examen des étalements. Les sujets présentant des parasites on été contrôlés à domicile chaque mois, de juin à décembre 1962, jusqu’à l’apparition des symptômes.
Trente-neuf porteurs asymptomatiques de P. vivax on été suivis pendant quatre à six mois en dehors de la saison de transmission; l’examen mensuel des étalements de sang a montré que la parasilémie peut persister pendant de nombreux mois.
Chez treize de ces sujets, on a observé une rechute avec symptômes; Us ont été traités à la chloroquine (600 mg pour les adultes et doses proportionellement réduites pour les enfants) et neuf d’entre eux ont fait une rechute sans symptômes alors qu’ils étaient en observation: le taux de ces rechutes sans symptômes s’établit donc à 70% environ.
L’un des sujets présentait des symptômes imputables au paludisme à une date très voisine de celle de l’enquète initiale (la veille). Parmi les trentehuit autres porteurs asymptomatiques de parasites, les densités de microgamétocytes laissaient supposer que le potentiel d’infectiosité pour les moustiques vecteurs était élevé áans quatre cas et faible ou modéré dans six cas.
Pour un cas symptomatique de paludisme, il y a avait donc dix porteurs asymptomatiques susceptibles d’être infectants. Les personnes se trouvant dans ce cas, ne ressentant pas le besoin de se faire traiter, peuvent constituer un important réservoir d’infection lorqu’il n’est pas possible d’éliminer totalement les vecteurs par des pulvérisalions. Il est donc nécessaire de trouver d’autres moyens d’agir en pareilles circonstances.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERENCES

1. – BUSTAMANTE, F.M. de & FERREIRA, M.O. – Rev. Bras. Malar., 1 : 207, 1949.         [ Links ]

2 – EARLE, W.C. – The course of naturally acquired malaria. WHO/Mal/ 333 (Mimeographed document), 1962.         [ Links ]

3 – RACHOU, R.G. – Rev. Bras. Malar., 14 : 245, 1952.         [ Links ]

4 – RACHOU, R.G. & FERREIRA, M.O. – Fôlha Méd., 28 : 1, 1947.         [ Links ]

5 – SHUTE. P.G. & MARYON, M. – A study of the infectivity of patients to mosquitos in the asymptomatic phase of parasitic relapses of induced infections with P. vivax. WHO/Mal/233 (Mimecgraphed document), 1959.         [ Links ]

6 – SHUTE. P.G. & MARYON, M. – Bull. Wld. Hlth. Org., 24 : 654, 1961.         [ Links ]

6 – YOUNG, M.D. & CIUCA, M. – Report on a visit to the malaria research laboratories of the Institute Dr. I. Cantacuzino, Bucaresti, Romania , and the Service of therapeutic impaludation at Berceni, Romania. WHO/Mal/335 (Mimeographed document), 1962.         [ Links ]

 

Submitted to publication on 5-2-1970.