Home » Volumes » Volume 1 July/August 1967 » Estado atual da esquistossomose mansônica em Goiás

Estado atual da esquistossomose mansônica em Goiás

William BarbosaI; Clodoveu D. de AzevedoII; Afonso Honorato da Silva e SouzaIII; Antonio CunhaIV

IDiretor do Instituto Central de Patologia Tropical da Universidade Federal de Goiás; Chefe do Departamento de Medicina Tropical IIMédico Sanitarista do DNERu e Professor Assistente voluntário de Parasitologia do Instituto Central de Patologia Tropical da Universidade Federal de Goiás IIIChefe da Circunscrição Goiás do DNERu e Professor Assistente de Medicina Preventiva da Faculdade de Goiás IVTécnico do DNERu

DOI: 10.1590/S0037-86821967000400004


RESUMO

Os autores, após levantamento dos dados disponíveis sôbre a esquistossomose em Goiás, onde avaliam em cêrca de 2.000 o número de casos no Estado, alóctones e autóctones, admitem que a prevalência desta helmintíase se deve à com-posição demográfica da população de que participam 23% dos habitantes de outras regiões endêmicas da doença (dados de 1950).
Embora existam condições ecológicas favoráveis ao desenvolvimento do hos-pedeiro intermediário, consideram esta helmintíase, atualmente, como problema sanitário de valor secundário para a capital, devido ao pequeno número de casos autóctones e à pequena produtividade áos focos de planorbídeos pertencentes à espécie Biomphalaria straminea, nas áreas da bacia do rio Meia-Ponte, onde se encontram os criadouros com os referidos planorbídeos infectados.
Sugerem, todavia, sejam realizados estudos de levantamento mais amplos, com a finalidade de averiguar a real importância da esquistossomose em todo o Estado, bem como a sua tendência expansionista.


ABSTRACT

The auhors, after reviewing the data on schistosmiasis mansoni in Goiás State, where the estimate number of cases is 2000, point out that the prevalence of the disease in the area is due to the demographic composition of the population, 23% of the inhabitants coming frorn endemic areas in Brazil.
Though favourable ecologic conditions to the development of the intermediate hosi are recognizabie, the authors believe that the disease may be placed. on the second grade line as a public health problem, due to the low number of autochtonous cases and to the slow growth of the foci of Biomphalaria straminea, the snail found in Meia-Ponte-river.
Howewer they suggest the need to increasing the number of investigations in oráer to evaluate the real importance of schistosomiasis in the State and its expansive tendency.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1. AMARAL, A.D.P. – A esquistossomose mansônica no sul do Brasil. Rev. Med. Cir. de São Paulo, 17: 461-474, 1957.         [ Links ]

2. BASTG’3, C. de O. – Primeiros casos presumivelmente autóctones de esquistossomose mansoni na cidade de São Paulo. Rev. paul. Med., 53: 133-134, 1958.         [ Links ]

3. CORRÊA LIMA, E. – Esquistossomose Mansoni no Estado do Paraná. Estudo da distribuição da fauna planorbídea como fator de localização da endemia. Curitiba, 1965 (Tese).         [ Links ]

4. CUNHA, A. – Comunicação pessoal.         [ Links ]

5. CYSNEIROS, G.; BORGES, C. & REZENDE, J. M. de – Incidência das parasitoses intestinais em Goiânia. Comunicação ao X Congresso Brasileiro de Gastroenterologia. Belo Horizonte, 21 a 2b de outubro, 1958.         [ Links ]

6. FERREIRA, I. M. & MEIRA, J. A. – Casos de esquistossomose mansoni procedentes do interior de São Paulo. An. paul. Med. Cir., 64: 229, 1952.         [ Links ] 7. JORGE, J. – Comunicação pessoal.         [ Links ]

8. LOBO, A. & LUZ, E. – NOVOS focos de esquistossomose mansônica no Estado do Paraná. Rev. bras. Mal. Doenças trop., 6: 555-567, 1954.         [ Links ]

9. MADUREIRA, P. – Dados estatísticos de viscerotomias sôbre doenças mórbidas do homem no Brasil I. Schistosomose mansônica no período de …. 1937-1946. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 47: 443-519, 1949.         [ Links ]

10. MORAES, R. F. & REZENDE, J. M. de – Relato de dois casos autóctones de esquistossomose mansoni no Estado de Goiás. Rev. Goiana Med., 6: 273-278, 1960.         [ Links ]

11. PESSOA, S. B. – Esquistossomose mansônica. An. paul. Med. Cir., 71: 419-422, 1956.         [ Links ]

12. PELON, A.; BARCA & TEIXEIRA, I. – Inquérito helmintológico escolar em cinco Estados das regiões leste, sul e centro-oeste. Divisão de Organização Sanitária, 1952.         [ Links ]

13. RODRIGUES DA SILVA, J. – A es-quistossomose mansoni no Brasil Central. Rev. Goiana Med., 1: 3-8, 1955.         [ Links ]

 

 

Trabalho realizado com auxílio financeiro do Instituto Oswaldo Cruz e do Departamento Nacional de Endemias Rurais, através de convênio com o Instituto Central de Patologia Tropical da Universidade Federal de Goiás. Relatório apresentado ao III Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Salvador, fevereiro de 1967.