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Estrongiloidíase em pacientes com pênfigo foliáceo

José Tavares-Neto; Denise Barcelos Alves; José Umberto Franciscon; Carlos Roberto S. Serrano

DOI: 10.1590/S0037-86821991000300004


RESUMO

Em 30 pacientes com pênfigo foliáceo, a freqüência da estrongiloidíase foi de 40,0%, através de três exames de Baermann-Moraes. No “Hospital do Pênfigo”, em Uberaba, as freqüências da estrongiloidíase nos funcionários (n = 14) e escolares (n = 47) da Escola-creche, anexa, também foram altas, respectivamente 35,7% e 23,4%. Em 7 (58,3 %) das 12 amostras do solo, do jardim/pátio do “Hospital”, foram observadas formas de vida livre do Strongyloides stercoralis. O fator ambiental e a predisposição dos pacientes foram associados à alta transmissão da estrongiloidíase.

Palavras-chave: Pênfigo foliáceo. Fogo selvagem. Estrongiloidíase. Exame Baermann-Moraes.


ABSTRACT

In 30 patients with foliaceous pemphigus the frequency of strongyloidiasis was 40%, by three Baermann- Moraesexamination. In the “Hospital do Penfigo”, for patients with pemphigus of Uberaba, the frequencies of strongyloidiasis in the employees (n = 14) and students (n=47), of the annexed nursery, also were high, respectively 35.7 % and 23.4%. In 7(58.3) of 12 samples from the soil of the hospital courtyard were found free-life forms of Strongyloides. The environmental factor and the susceptibility of the pacients were associated with the high transmission of the strongyloidiasis.

Keywords: Foliaceous pemphigus. Wildfire. Strongyloidiasis. Baermann-Moraes feces examination.


 

 

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 Endereço para correspondência:
Dr. José Tavares-Neto.
R. Marquês de Caravelas, 262/101, Barra
40140
Salvador, BA

 

 

Recebido para publicação em 16/01/91.

 

 

Trabalho da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG.
Suporte financeiro CNPq.