L.C.B. Barata; M. Boulos; A.P. Dutra*
RESUMO
Cento e dez pacientes com malária falciparum não complicada, provenientes da Amazônia brasileira, foram tratados com cloridrato de tetraciclina, na dose de 250 mg a cada 6 horas por 7 dias, associado ao sulfato de quinino na dose de 1,5 a 2,0 gramas/dia nos 3 ou 4 dias iniciais de tratamento. Os pacientes tiveram acompanhamento clínico e parasitológico por pelo menos 7 dias e em todos observou-se a negativação da parasitemia após o tratamento. Setenta e cinco pacientes foram acompanhados por 28 dias ou mais e destes 71 tiveram resposta do tipo Se4do tipo RI. O cloridrato de tetraciclina associado ao sulfato de quinino mostrou-se altamente eficaz no tratamento de malária falciparum não complicada, sendo bem tolerado e portanto útil na terapêutica das infecções por P. falciparum multirresistentes contraídas na Amazônia.
Palavras-chave: Quimioterapia. Quinino + tetraciclina. Malária. P. falciparum.
ABSTRACT
110 patients with P. falciparum malaria and no complications from the Brazilian Amazon region were treated with the association tetracycline hydrocloride (1 g/d during 7 days) and quinine sulphate (1.5 or 2 g/d during 3 or 4 days) at the beginning of treatment. All patients were followed for at least 7 days and no blood parasites were detected ont the 7th day. Seventy- five patients could be followed for 28 days or longer and 4 of them (5.3%) showed parasitemia again. These results support the efficacy of the association quinineplus tetracycline in the treatment of P. falciparum malaria infections from the Amazon region.
Keywords: Chemotherapy. Quinine + Tetracycline. P. falciparum malaria.
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text available only in PDF format.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Almeida Netto JC, De Oliveira GSC, Sampaio JAA. Resistência do P. falciparum à associação sulfamldicosantifólicos na região centro-oeste do Brasil. Revista de Patologia Tropical 1: 385-393, 1972. [ Links ]
2. Boulos M, Barata LCB. Avaliação do esquema sulfapirimetamina para malária falciparum. In: Resumos do XX Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Salvador, p. 43, 1984. [ Links ]
3. Colwell EJ, Hickman RL, Kosakal S. Tetracycline treatment of chloroquine-resistant falciparum malaria in Thailand. Journal of the American Medical Association 220: 684-686, 1972. [ Links ]
4. Dourado HV. Terapêutica da malária com minociclina. Revista Brasileira de Clínica e Terapêutica 2: 10-12, 1973. [ Links ]
5. Moore DV, Lanier JE. Observations on two Plasmodium falciparum infections with abnormal response to chloroquine. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 10: 5-9, 1961. [ Links ]
6. Pinichpongse S, Doberstyn EB, Cullen JB, Yisunsri L, Thongsombun Y, Thimasarn K. An evaluation of five regimens for the out patient therapy of falciparum malaria in Thailand. Bulletin of the World Health Organization 60: 907-912, 1982. [ Links ]
7. Reacher M, Campbell CC, Freeman J, Doberstyn EB, Brandling Bennett AD. Drug therapy for Plasmodium falciparum malaria resistant to pyrimethamine-sulfadoxine (Fansidar). Lancet 2: 1066-1068, 1981. [ Links ]
8. Reyes S. Infecções maláricas por Plasmodium falciparum resistentes ao tratamento com cloroquina. Situação no Brasil (1960-1981). Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais 33: 109-130, 1981. [ Links ]
9. Rieckmann KH, Powell RD, McNamara JV, Willerson D, Kass L, Frischer H, Carson PE. Effects of tetracycline against chloroquine-resistant and chloroquine-sensitive Plasmodium falciparum. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 20: 811-815, 1971. [ Links ]
Recebido para publicação em 29/5/1985.
* SUCEN – Superintendência de Controle de Endemias, Sáo Paulo, SP.
