Home » Volumes » Volume 10 January/February 1976 » Prevalência sorológica da doença de Chagas e correlação sorológica – eletrocardiográfica em populações não selecionadas do município de Jaguarão, Rio Grande do Sul

Prevalência sorológica da doença de Chagas e correlação sorológica – eletrocardiográfica em populações não selecionadas do município de Jaguarão, Rio Grande do Sul

Giovanni Baruffa

Professor Titular da Cadeira de D.I.P. do Curso de Medicina da Universidade Católica de Pelotas

DOI: 10.1590/S0037-86821976000100001


RESUMO

Foram examinadas 379 amostras de sangue colhidas ao acaso entre moradores de 6 localidades do Município de Jaguarão. A reação de Guerreiro-Machado resultou positiva em 10 (2,64%). Analisando a naturalidade dos positivos nenhum deles resultou ser natural do Município de Jaguarão.
O pequeno número de positivos não permite estabelecer correlação entre prevalência sorológica e alterações eletrocardiográficas. Estas últimas apresentaram índices de prevalência elevados e isto parece estar relacionado com a presença de valores tensionais alterados em uma alta porcentagem das pessoas examinadas.
Conclui-se que a Doença de Chagas não existe em forma endêmica no Município de Jaguarão e que os altos índices de alterações eletrocardiográficas encontrados guardam relação com a prevalência de valores tensionais alterados na população examinada.


ABSTRACT

The examination by complement fixation test (Machado-Guerreiro) of 379 blood samples randomly assembled in 6 localities of the county of Jaguarão (Rio Grande do Sul – Brazil), showed only 10 positive cases (2,64%). Norte of the positive people is native to Jaguarão; ali are immigrants from nearby endemic areas. Owing to the Umited number of positive people it is not possible to correlate serological prevaience for Chagas’Disease and eletrocardiographic abnormalities. These abnormalities showed a high prevaience rate apparently related to sustained blood tension among some of the examined people.
In conclusion: 1) Chagas’Disease is not endemic in the county of Jaguarão; 2) The high rate of eletrocardiographic abnormalities is related to the prevalence of altered blood tension.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALMEIDA, J. O. de – Reação de Fixação pela Técnica quantitativa para Moléstia de Chagas. Técnica em tubos e técnica em placas. In J. R. CANÇADO “Doenças de Chagas”. Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1968, pág. 279 – 314.         [ Links ]

2. BARUFFA, G. – Dados não publicados.         [ Links ]

3. BARUFFA, G.& ALCANTARA, F. A. – Prevalência sorológica da Doenças de Chagas em cinco Municípios da Zona Sul do Rio Grande do Sul. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo 16: 140-144,1974.         [ Links ]

4. BRASIL, A. – Evolução e prognóstico da Doença de Chagas. Arq. Bras. Cardiol. 18: 365-380, 1965.         [ Links ]

5. DEMOGRAFIA, 1972 – Secretaria de Coordenação e Planejamento Superitendência de Estatística e Informática, Rio Grande do Sul.         [ Links ]

6. Dl PRIMIO, R. – Transmissores da Doença de Chagas e respectivos índices de infecção no Rio Grande do Sul. Separata Anais Faculdade de Medicing de Porto Alegre, 12-13, pág. 126, 1952-1953. Imprensa Universitária. Porto Alegre,1954.         [ Links ]

7. Dl PRIMIO, R. – Triatomineos e índices de infecção pelo Trypanossoma cruzi no Rio Grande do Sul. Anais Faculdade de Medicina de Porto Alegre, 19: 21-35,1959.         [ Links ]

8. Estudo preliminar ao plano de desenvolvimento integrado dos municípios da Zona Sul. Instituto Técnico de Pesquisa e Assessoria (ITEPA), Universidade Católica de Pelotas, Vol. I, pág. 38-40,1971.         [ Links ]

9. LARAGH, J. H. – Hipertension Manual. Yorke Medicai Books, pág. 44-45, New York, 1974.         [ Links ]

10. RAMBO, B. – A fisionomia do Rio Grande do Sul, Livraria Selbach, Porto Alegre, 1956, pág. 84.         [ Links ]

11. ROMANA, C. – Enfermedad de Chagas, Lopes, Libreros Editores, Buenos Aires, 1963.         [ Links ]

12. SUCAM: Informe obtido aos Drs. Abdias Leite Mello e Antonio Maltez Filho.

 

 

Recebido para publicação em 6.10.1975.

 

 

Trabalho realizado pela Cadeira de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Curso de Medicina da Universidade Católica de Pelotas. A realização do mesmo contou com o auxílio da Fundação Amparo à Pesquisa do Rio do Sul (FAPERGS), através do Projeto “Medicina 180/74”.