Home » Volumes » Volume 1 March/April 1967 » Estudos sôbre reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi. XVII. Contribuição para o estudo dos focos naturais da tripanossomose americana, com especial referência à região nordeste do Estado de São Paulo, Brasil

Estudos sôbre reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi. XVII. Contribuição para o estudo dos focos naturais da tripanossomose americana, com especial referência à região nordeste do Estado de São Paulo, Brasil

M. P. Barretto

DOI: 10.1590/S0037-86821967000200002


RESUMO

Depois de acentuar que a tripanossomose americana é uma zoonose do tipo anfixenose, bem enquadrável no conceito de PAVLOVSKY de infecção com focos naturais, o Autor analisa o problema da multiplicidade e diversidade dêstes focos que são devidas ao grande número de hospedeiros e vetores naturais com hábitos variados. Descreve, em seguida, alguns focos naturais mais freqüentes e importantes, observados na região nordeste do Estado de São Paulo e áreas limítrofes do Estado de Minas Gerais, focos êstes constituídos por buracos e cavidades no solo, ocos e anfractuosidades em troncos de árvores, tufos de vegetação herbácea, touceiras de piteira e copa de palmeiras, onde triatomíneos e mamíferos convivem.


ABSTRACT

After pointing out that American trypanosomiasis is an amphixenose which fits very well the Pavlovsky’s doctrine of diseases with natural foci, the Author analyses the problem of multiplicity and diversity of such foci, which are due to the great variety of natural mammalian hosts and triatomine vectors. Some of the most common and important types of natural foci observed in the Northeastern Region of the State of São Paulo and nearby localities of the State of Minas Gerais are described; such foci are represented chiefly by soil and rock cavities and cracks, tree holes, anfractuosities and buttresses, bushes, century plants, and palm-tree tops, where T. cruzi circulates among wild mammals and triatomines.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1. ABDUSSALAM, M. – Significance of ecological studies of wild animal reservoirs of zoonoses. Bull. Wolrd. Health Org., 21: 179-186, 1959.         [ Links ]

2. ALENCAR, J. E. – Estudos sôbre a epidemiologia da doença de Chagas no Ceará. III. Região do Baixo Jaguaribe. Rev. Brasil. Malariol. D. Trop., 17: 149-158, 1965.         [ Links ]

3. ALENCAR, J. E., ALMEIDA, J. O., SHERLOCK, V. R. A., FRANÇA, A.P. & LEITE, L. – Estudos sôbre a epidemiologia da doença de Chagas no Ceará. II. Novos dados. Rev. Brasil. Malariol. D. Trop., 15: 551-565, 1963.         [ Links ]

4. ALENCAR, J.E., PESSOA, E.P., SHERLOCK, V.R.A., TOMÉ, G.S. & CUNHA, R.V. – Estudos sôbre a epidemiologia da doença de Chagas no Ceará. I. Dados preliminares. Rev. Brasil. Malariol. D. Trop., 14: 201-219, 1962.         [ Links ]

5. BARRETTO, M.P. – Reservatórios do Trypanosoma cruzi nas Américas. Rev. Brasil. Malariol. D. Trop., 16: 527-552, 1964.         [ Links ]

6. BARRETTO, M. P. – Tripanossomos semelhantes ao T. cruzi em animais silvestres e sua identificação com o agente etiológico da doença de Chagas. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 7: 305-315, 1965.         [ Links ]

7. BARRETTO, M.P. – Aspectos ecológicos da epidemiologia das doenças transmissíveis, com especial referência às zoonoses. (em publicação).         [ Links ]

8. BARRETTO, M.P. & CARVALHEIRO, J.R. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XII. Inquérito preliminar sôbre triatomíneos silvestres no Município de Uberaba, MG., Rev. Brasil. Biol., 26: 5-14, 1966.         [ Links ]

9. BARRETTO, M.P. & FERRIOLLI F.°, F. – Estudos sôbre reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi. IV. Infecção natural do Triatoma infestans, encontrado em ecótopos silvestres, por tripanossomo semelhante ao T. cruzi. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo; 6: 219-224, 1964.         [ Links ]

10. BARRETTO, M.P., SIQUEIRA, A.F. & CORRÊA, F.M.A. – Estudos sôbre reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi. I. Encontro do Triatoma infestans (Hemiptera reduvidae) em ecótopos silvestres. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 5: 289-293, 1963.         [ Links ]

11. BARRETTO, M.P. SIQUEIRA, A.F., CORR|A, F.M.A., FERRIOLLI F°. F. & CARVALHEIRO, J.R. – Estudos sôbre reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi. VII. Investigações sôbre a infecção natural de gambás por tripanossomos semelhantes ao T. cruzi. Rev. Brasil. Biol., 24: 289-300, 1964.         [ Links ]

12. BARRETTO, M.P. SIQUEIRA, A.F. PERRIOLLI F°. F. & CARVALHEIRO, J.R. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. X. Observações sôbre a infecção natural e experimental da cuíca, Lutreolina crassicaudata crassicaudata (Desm., 1904) por tripanossomos semelhantes ao T. cruzi. Rev. Brasil. Biol., 25: 237-248, 1965.         [ Links ]

13. BARRETTO, M.P., SIQUEIRA, A.F.. FERRIOLLI F°. F. & CARVALHEIRO, J.R. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XI. Observações sôbre um foco natural da tripanossomose americana no Município de Ribeirão Prêto, São Paulo. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 8: 103-112, 1966.         [ Links ]

14. BARRETTO, M.P., SIQUEIRA, A.F. & FREITAS, J.L.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. II. Encontro do PanstrongVlus megistus em ecótopos silvestres no Estado de São Paulo (Hemiptera, Reduviidae) . Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 6: 56-63, 1964.         [ Links ]

15. CABRERA, A. – Catálogo de los mamíferos de America del Sur. Rev. Mus. Argent. Ci. Nat. Bernardino Rivadavia, 4: 1-307, 1957, 4: 309-732, 1960.         [ Links ]

16. CARVALHEIRO, J.R. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XIII. Infecção natural do macaco, Cebus apella versutus Elliot, 1910 por tripanossomo semelhante ao T. cruzi (em publicação) .         [ Links ]

17. CHAGAS, C. – Sôbre um trypanosomo do tatú, Tatusia novemcincta, transmitido pelo Triatoma geniculata Latr., (1811) . Possibilidade de ser o tatú um depositário do Trypanosoma cruzi no mundo exterior (Nota prévia) . Brazíl. Med., 26: 305-306, 1912.         [ Links ]

18. CHAGAS, C. – Papel do tatu (Tatusia novemcincta) na transmissão do Trypanosoma cruzi. Rev. Med. Cir. BraZil, 26: 220-223, 1918.         [ Links ]

19. CORRÊA, R.R. & FERREIRA, O.A. – Distribuição geográfica, habitats e infecção de Triatoma sórdida (Hemiptera, Reduviidae) no Estado de São Paulo. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 1: 207-213, 1959.         [ Links ]

20. DEANE, L.M. – Animal reservoirs oi Trypanosoma cruzi in Brazil. Rev. Brasil. Malariol. D. Trop., 16: 27-48, 1964.         [ Links ]

21. FERRIOLLI FILHO F. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. VI. Infecção natural do roedor Akodon arviculoides cursor (Wínge, 1885) por tripanossomo semelhante ao Trypanosoma cruzi. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 7: 72-81, 1965.         [ Links ]

22. FERRIOLLI FILHO, F. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. IX. Infecção natural do Rattus rattus (Lin., 1758) por tripanossomo semelhante ao T. cruzi. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 7: 169-179, 1965.         [ Links ]

23. FERRIOLLI F°, F. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XIV. Infecção natural da preá, Cavia aperea aperea Erxleben, 1777 por tripanossomo semelhante ao T. cruzi (em publicação).         [ Links ]

24. FREITAS, J.L.P., SIQUEIRA, A.F. & FERREIRA, O.A. – Investigações epidemiológicas sôbre triatomíneos de hábitos domésticos e silvestres com auxílio da reação de precipitina. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 2: 90-99, 1960.         [ Links ]

25. GAMBOA, C. J. – Comprobación de Rhodnius prolixus extradomésticos. Bol. Inform. Dir. Malariol. Sanearn. Amb., 1: 139-142, 1961.         [ Links ]

26. GAMBOA, C. J. – Comprobación de Rhodnius prolixus extradomésticos. Venezuela. Bol. Ofic. Sanit. Panamer.. 65: 18-25, 1963.         [ Links ]

27. HOARE, C. A. – The epidemiological role of animal reseryoirs in human leishmaniasis and trypanosomiasis. Vet. Rev. Annot., 1: 62-68, 1955.         [ Links ]

28. LEAL, H., FERREIRA NETO, J.A. & MARTINS, C.M. – Dados ecológicos sôbre triatomíneos silvestres na Ilha de Santa Catarina, Brasil. Rev. Inst. Méd. Trop. São Paulo, 3: 213-220 1961.         [ Links ]

29. LENT, H. – Transmissores da moléstia de Chagas no Estado do Rio de Janeiro. Rev. Flum. Med., 7: 3-13; 1942.         [ Links ]

30. LENT, H. & MARTINS. A.V. – Estudos sôbre os triatomíneos do Estado de Minas Gerais, com descrição de uma espécie nova. Rev. Entomol., Rio de Janeiro, 11: 887-886, 1940.         [ Links ]

31. MARTINS, A.V., VERSANI, W. * TUPINAMBÁ, A.A. – Estudos sôbre a moléstia de Chaeas no Estado de Minas Gerais. I. Estudo epidemiológico de um foco da moléstia no município de Jaboticatubas. Arch. Inst. Quim. B’Ol. Est. M. Gerais. 1: 51-61, 1945.         [ Links ]

32. MAY (1950) . In ABDUSSALAM (1959).         [ Links ]

33. PAVLOVSKY (1939). In PAVLOVSKY (1960) .         [ Links ]

34. PAVLOVSKY, E. N. – Natural nidi of transmissive and parasitic diseases in relation to landscape epidemiology. Lon;ngrad, 1960.         [ Links ]

35. PIFANO, F. – Algunos asoectos de la enfermedad de Chagas en Venezuela. Arch. Venez. Med. Trop. Parasitol. Mfd., 3: 73-99, 1960.

36. SIQUEIRA, A.F. FERRIOLLI FILHO, F. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XVI. Infecção natural do ouriço, Coendou insidiosus insidiosus (Kuhl, 1820) por tripanossomo semelhante ao T. cruzi (em publicação) .         [ Links ]

37. SOTO-URRIBARRI, R., SOTO, S. T. & BARRETTO, M.P. – Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XV. Infecção natural da cotia, Dasyprocta azarae azarae Licht., 1823 por tripanossomo semelhante ao T. cruzi (em publicação).         [ Links ]

 

 

Trabalho do Departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Prêto realizado, em parte, com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Gonsêlho Nacional de Pesquisas.